Correio da Bahia

Otan está pronta para a Rússia , diz militar

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TENSÃO AUMENTA O presidente do Comitê Militar da Otan, o almirante Rob

Bauer, da Marinha da Holanda, afirmou que a aliança ocidental está preparada para um conflito direto com a Rússia e defendeu que os países-membros mantenham uma "economia de guerra" em tempos de paz. As afirmações do almirante foram feitas em uma entrevista concedida à emissora portuguesa RTP.

"Depois do início da guerra, fizemos grupos de batalha ao longo do flanco oriental. [...] Creio que isso é uma mensagem importante para os russos, de que a nossa postura mudou e estamos preparados se eles tiverem a ideia de atacar a Otan", respondeu Bauer, ao ser questionad­o se a organizaçã­o estaria pronta caso a Rússia avançasse contra o bloco.

A declaração, feita à TV Portuguesa, veio a público poucos dias depois de Alemanha e EUA anunciarem o envio de tanques para a Ucrânia - anúncios feitos com cuidado por Berlim e Washington a fim de não escalar as tensões no Leste Europeu. Durante a entrevista, Bauer, aliás, teve cuidado em classifica­r o envio dos tanques à Ucrâniacom­o sendo uma ajuda defensiva a Kiev.

O aumento das tensões entre a Rússia e a Otan se deu logo após Estados Unidos e Alemanha confirmare­m envio de tanques de guerra à Ucrânia. E não são quaisquer armamentos. A

Alemanha irá enviar à guerra tanques Leopard 2A6 e os Estados Unidos anunciaram a remessa de unidades M1 Abrams. Tratam-se dos mais modernos e eficientes tanques de guerra em atividade no mundo. O número de unidades ainda é incerto e já foram anunciados alguns, todos ainda sem confirmaçõ­es oficiais. Uma informação é de que a Alemanha enviaria 14 equipament­os e os Estados Unidos 31. Mas esses seriam apenas números iniciais, havendo outras remessas, comentam fontes dos governos dos dois países.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, por sua vez, prepara uma resposta ao que vem chamando de "guerra por procuração" do Ocidente contra a Rússia. Em uma nova ofensiva, Putin pretende pressionar a Ucrânia a concordar com uma trégua que deixe a Rússia no controle do território que agora ocupa. Essa nova ofensiva pode começar em fevereiro - quando a invasão russa completa um ano - ou, no mais tardar, em março. Putin deseja realizar a ofensiva antes que Kiev receba os prometidos tanques de guerra.

Com informaçõe­s de Agências.

Declaração foi do presidente do Comitê Militar da Otan, o almirante Rob Bauer

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