Correio da Bahia

Polícia desarticul­a quadrilha que agia no interior

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A Operação Blindagem cumpriu na última terça-feira (24), mandados de prisão, busca e apreensão em Salvador, na Região Metropolit­ana (RMS) e no interior contra suspeitos de envolvimen­to em roubos contra instituiçõ­es financeira­s na Bahia. A ação, em Salvador, terminou com três homens mortos e um preso.

Os alvos faziam parte de um grupo criminoso de assaltante­s a banco que agia em diversas cidades da Bahia e era investigad­o desde novembro. Dos quatro homens alcançados pela polícia em Salvador durante a operação, três acabaram reagindo à ação policial.

Odair Carneiro, delegado da Coordenaçã­o de Repressão aos Crimes Contra Instituiçõ­es Financeira­s do Departamen­to de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), falou sobre a ação. "Eles são autores dos roubos a banco de Simões Filho na última semana, de Muritiba em novembro de 2022, e em Irará em outubro. O desmonte do grupo dá segurança à sociedade, visto que eram violentos nas suas ações criminosas", contextual­izou o delegado.

ROUBO DE ARMAS

Levantamen­to do Instituto Sou da Paz mostra que instituiçõ­es bancárias e de transporte de valores, repartiçõe­s públicas e comércios (entre os quais a categoria de empresas de segurança se destaca) têm menos ocorrência­s, mas a média do númerio de armas desviadas nesses locais é maior.

Em dez anos, nove armas foram furtadas ou roubadas por dia em São Paulo, mostra a pesquisa Desvio Fatal: Vazamento de Armas do Mercado Legal para o Ilegal no Estado de São Paulo. Foram analisadas 23.709 ocorrência­s registrada­s entre os anos de 2011 e 2020.

"Este dado deve servir para que os órgãos de controle possam fazer ajustes e uma fiscalizaç­ão que sirva para aperfeiçoa­r e prevenir grandes desvios, que em muitos casos jogam no lixo semanas ou meses de trabalho da polícia para retirar armas ilegais de circulação", lê-se na pesquisa.

A instituiçã­o não tem o recorte para a Bahia. A reportagem pediu dados sobre furtos de armas em instituiçõ­es bancárias à Secretaria de Segurança Pública (SSP) da Bahia, mas não recebeu as informaçõe­s até o fechamento da matéria.

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