Usuários se queixam da demora, e funcionários protestam
Na noite de 29 de janeiro, um domingo, dois passageiros foram barrados no embarque após a capacidade máxima ser atingida. Inconformados, eles agrediram dois funcionários do sistema no terminal de Bom Despacho. A Polícia Militar precisou ser acionada e deteve a dupla.
No dia seguinte, exigindo mais segurança para trabalhar, dezenas de funcionários protestaram, impedindo a saída dos ferries em dois horários do início da manhã, em Salvador. O grupo se reuniu no terminal de São Joaquim, na área de desembarque, e pediu que a Internacional Travessias contratasse, até o dia 15 de fevereiro, uma empresa de segurança para garantir a integridade dos funcionários.
Em nota, a Internacional Travessias informou que o sistema tem segurança própria nos terminais, mas, apesar disso, a empresa tem realizado esforços para ampliar a segurança nas áreas dos terminais, inclusive com solicitação formal junto à Polícia Militar.
Entre os usuários, a reclamação é geral: infiltração, ferrugem, sujeira em excesso e até baratas. As gavetas (ou plataformas) de desembarque, onde as embarcações ancoram e por onde os passageiros transitam, também são alvos de críticas. Além do estado precário, uma delas está interditada desde um desabamento em março de 2021, após a realização de uma obra no local.
Os problemas de espera e atrasos se agravaram com a alta estação, quando a demanda é ainda maior. Mesmo assim, o sistema tem operado com três embarcações e, ontem, após o choque no mar, apenas duas funcionaram.
Na abertura do ano legislativo, na semana passada, o secretário estadual de Infraestrutura, Sérgio Brito (PSD), prometeu que os canteiros de obras da ponte Salvador-Itaparica serão instalados ainda no primeiro semestre do ano que vem. Ele também falou sobre a compra de novas embarcações para o ferry, mas não deu detalhes.