Onze mil alunos estão sem aulas após intoxicação
JACOBINA Após o adiamento da volta às aulas em decorrência da intoxicação alimentar de 110 professores da rede municipal de Jacobina, no centro-norte baiano, a Prefeitura do município afirmou que espera anunciar, até o fim desta semana, uma nova data para o retorno dos alunos às salas de aula, antes previsto para a última segunda-feira (6). Com a mudança, cerca de 11 mil alunos tiveram impacto no calendário escolar.
Segundo a Prefeitura, haverá reposição dos dias de aula perdidos, embora ainda não haja um novo calendário formulado. A previsão é que até a próxima semana um novo planejamento seja definido.
Quanto ao estado de saúde dos professores, a gestão municipal não soube informar
110 docentes se sentiram mal depois de almoçarem em um restaurante contratado pela gestão para Jornada Pedagógica
quantos deles ainda estão hospitalizados, mas garantiu que a grande maioria já está se recuperando em casa após o risco que correram.
Durante um almoço em um restaurante contratado para a Jornada Pedagógica na semana passada, 400 pessoas que estiveram no evento, realizado pela Prefeitura, na última terça-feira (31), precisaram de atendimento médico depois de passarem mal com sintomas de intoxicação alimentar, como fortes dores, vômito e diarreia.
A professora Taciane Ferreira, que chegou a ser internada e diagnosticada com infecção grave, disse que ainda sofre com os vestígios da intoxicação. “Estou me recuperando aos poucos, voltando com alimentação branda. A diarreia e o vômito passaram, [mas] estou sentindo dores na lombar, na barriga e na região pélvica.
Meu corpo ainda [está] bem debilitado e sem energia”, contou ela ao CORREIO.
Já a professora Valmeire Andrade conta que muitos dos colegas que estiveram no evento têm sofridos recaídas constantes nos últimos oito dias. “Quando achamos que está tudo bem, vem uma crise. Tenho uma colega mesmo que hoje me disse que ainda está com diarreia. Uma amiga que está grávida de três meses também pegou intoxicação e foi difícil para ela, uma vez que não pôde tomar medicação”, lamenta.
As amostras da comida servida - macarrão, arroz, feijão e frango -, enviadas para análise no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) após a Prefeitura acionar a Vigilância Sanitária, ainda não haviam determinado, até ontem, a causa da intoxicação. O restaurante foi interditado pela Vigilância Sanitária.