Deputado do Sul chama Bahia de ‘suja e pichada’
POLÊMICA O deputado federal pelo Rio Grande do Sul Maurício Marcon (Podemos) se referiu à Bahia, pejorativamente, durante uma live, como “um Haiti”, ambos “sujos e pichados”. A declaração foi alvo de críticas nas redes sociais. A transmissão foi feita no domingo (5), no perfil do Facebook do deputado, que é apoiador do ex-presidente Bolsonaro. O comentário dele foi dado em resposta a um seguidor que perguntou se havia chances de ser instaurada uma CPI para apurar a invasão aos palácios dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Após responder que sim, o deputado apontou barreiras no governo federal - o político é crítico do presidente Lula (PT) -, na imprensa
O público do Sul e Sudeste cobra demais. Mas no Nordeste isso não existe, até por causa da pobreza Maurício Marcon Deputado do Rio Grande do Sul pelo Podemos
e na presença de políticos das regiões Norte e Nordeste na bancada de senadores, para que o processo seja levado adiante. Ele também culpou os eleitores do estado baiano, dizendo que eles não cobram ações de seus políticos e que votam por R$ 50.
“O público do Sul e Sudeste cobra demais [...] Mas no Nordeste isso não existe, até por causa da pobreza. Eu já conheci um parlamentar que me confessou que pagou para levar eleitor para votar. É um mundo tão diferente, que a gente que mora no Sul, Sudeste e Centro-Oeste tem dificuldade de entender o que acontece no Norte e Nordeste”, afirmou.
O deputado tenta comprovar sua fala a partir de testemunhos de outros políticos e de uma viagem que fez para a Bahia. “A gente esteve na Bahia e é um Haiti, não tem explicação. É uma pobreza, é tudo pichado, é sujo. E era uma área turística. A gente fica imaginando onde não é. A vida é muito diferente. E por que é pobre? Porque tem políticos que destroem”, disse.
A live é parte da série de transmissões que ele realiza semanalmente, junto com a esposa Patrícia Marcon. Os vídeos são chamados de “Encontro com Marcon e Esposa”. Há cerca de 80 deles na rede social de Marcon.
O político do Podemos tem 36 anos e foi eleito como deputado federal no Rio Grande do Sul com 140.631 votos. Ele também é empresário, formado em Economia pela UCS e foi vereador. O CORREIO ligou para o número que consta nas redes sociais do deputado e foi informado de que a linha não é mais dele. A reportagem também entrou em contato por e-mail, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.