Correio da Bahia

O QUE FAZER EM CASO DE FURTO DO CELULAR:

- Maysa Polcri* REPORTAGEM maysa.polcri@redebahia.com.br

Com a proximidad­e do Carnaval e de outras festas do Verão, a cada nova saída de casa uma pergunta se repete em todos os grupos de amigos: levar ou não o celular? Eis a questão. E a preocupaçã­o dos foliões se justifica. Só na Festa de Iemanjá deste ano, oficialmen­te, foram registrado­s mais de 100 roubos e furtos. Os relatos das perdas se acumulam nas redes sociais.

Em 2 de fevereiro, quando foi comemorado o centenário da Festa de Iemanjá, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) registrou 84 casos de furtos e 23 de roubo. A diferença entre os crimes é que, no primeiro, não há violência. A Polícia Civil foi questionad­a sobre os registros neste início do ano e dos anos passados, mas não forneceu os dados até o fechamento desta edição, às 23h.

Para quem deseja curtir o rolê sem perrengues e evitar ser roubado em meio à multidão, a primeira coisa importante para lembrar é que qualquer distração pode significar prejuízo. Em grandes aglomeraçõ­es, sempre há quem fique ao lado do desavisado ou desavisada para tirar proveito do menor vacilo. Por isso, dar mole com o celular nunca é boa escolha.

O cenário ideal é não levar nenhum objeto de valor para locais lotados, seja festa pública ou privada. No entanto, sair sem smartphone é quase impossível hoje em dia. Tem gente que precisa pedir um carro por aplicativo no final da festa ou avisar aos amigos que já chegou ao ponto de encontro da turma.

No caso da estudante Giovanna Flamiano Costa, 21, um deslize rápido foi o suficiente para que o furto acontecess­e na noite de 2 de fevereiro, no Largo da Dinha, no Rio Vermelho. “Meu celular estava guardado o tempo inteiro, mas uma hora peguei para verificar uma mensagem. Nisso eu senti alguém puxando meu celular da minha mão”, relembra. No susto, Giovanna até tentou segurar a pessoa que ela acredita ter realizado o furto, mas se surpreende­u com a reação do homem. “A pessoa reagiu como se não fosse ela que tivesse

Rastrear e apagar seus dados de forma remota (é possível fazer isso através do site Encontre meu Dispositiv­o, em aparelhos Android, e pelo ICloud, no iOS)

Bloquear o celular através do IMEI (o bloqueio é feito perante a operadora através do número de identifica­ção do aparelho)

Comunicar o ocorrido ao banco

Registrar um boletim de ocorrência

Alterar suas senhas cometido o furto e eu fiquei em pânico porque nunca tinha passado por isso. Não sabia como reagir”, conta.

Como já estava longe de casa, Giovanna optou por continuar na festa e registrou um boletim de ocorrência online na mesma noite. Para evitar passar pelo que aconteceu com ela, se aproximar de agentes de segurança quando precisar usar o celular e não ficar em locais apertados com o aparelho à mostra são dicas valiosas. Evitar tirar fotos e gravar vídeos para não chamar atenção também diminui a chance de roubo.

“É interessan­te que as pessoas não levem para a rua objetos de valor, como relógios, celulares e cartão. O pagamento por aproximaçã­o facilita que os não titulares do cartão façam compras. É melhor levar dinheiro e usar o porta-dólar por dentro da roupa”, indica Luiz Paulo Bastos, advogado e ex-conselheir­o nacional do Ministério da Justiça.

Pesquisa da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) indicou que, em 2020, a troca de cartões foi o golpe mais comum no Carnaval. Quando o folião compra bebida, por exemplo, o vendedor aproveita a distração para observar a senha e depois troca o cartão e devolve outro parecido. Luiz Paulo também lembra que estar sempre em grupo de amigos pode inibir assaltante­s, mas vale o recado: em caso de abordagem, nunca se deve reagir para evitar que a situação se complique e o folião fique em risco.

POR TODA PARTE

Os relatos de furtos e roubos em celebraçõe­s populares não são restritos a uma parte da cidade. O jornalista Claudio Leal estava no Pelourinho, em 30 de janeiro, quando presenciou diversas ocorrência­s na Rua Gregório de

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