Com vírus raro, mulher deixa a UTI do Couto Maia
EVOLUÇÃO A mulher de 41 anos, diagnosticada com o Vírus Ilhéus - uma patologia considerada rara -, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nessa sexta-feira (10) e foi transferida para a enfermaria do Hospital Couto Maia. A paciente mora no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), mas está em um hospital de Salvador desde quinta (9), cuidando da infecção.
Ela havia dado entrada no Hospital Municipal de Simões Filho (HMSF), no dia 31 de janeiro, se queixando de febre, dor de cabeça, fadiga, dificuldade de se alimentar e dores generalizadas há quatro dias.
Após ser atendida pela equipe médica, o
A Vigilância de Proteção à Saúde iniciou as ações de investigação epidemiológica e adotou medidas de bloqueio Prefeitura de Simões Filho Em nota
quadro piorou, e a mulher passou a apresentar sudorese severa, hipotensão e confusão mental. Posteriormente, vieram outros sintomas neurológicos e dificuldade para respirar, o que a levou a ser entubada.
A secretária de Saúde de Simões Filho, Iridan Brasileiro, detalhou que a paciente teve “muita sudorese, a pressão baixou muito e ela começou a apresentar um quadro neurológico de confusão mental. Ela não tinha articulação na fala, disse coisas desconexas, e a dificuldade respiratória que ela apresentou chamou a atenção da equipe médica”, disse Iridan. O nome da paciente não foi divulgado.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Simões Filho, este é o único caso de Vírus Ilhéus registrado no município. Ele é transmitido por mosquitos, comum em aves e roedores, mas raro em humanos. Já o nome vem do município do sul baiano, onde foi descoberto, em 1947. Desde então, só há registros dele no Brasil (em São Paulo), Equador e Bolívia.
Antes do diagnóstico, foram realizados testes para dengue, zika e chikungunya, que deram negativo, segundo explicou o virologista Gúbio Soares, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em entrevista à TV Bahia.
Em nota, a prefeitura de Simões Filho destacou que o vírus possui pouca transmissibilidade e pouco risco de contaminação humana. “A equipe de Vigilância de Proteção à Saúde iniciou às ações de investigação epidemiológica no território e no domicílio, como também já adotou medidas de ações e bloqueio [como o fumacê]”, informou o comunicado.