Correio da Bahia

Lula e Biden têm encontro de elogios e convergênc­ias

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DEFESA DA DEMOCRACIA O presidente Lula (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, encontrara­m-se na Casa Branca, residência oficial do governo norte-americano, no fim da tarde da sexta-feira (10), no horário de Washington (duas horas a menos que Brasília). No início do encontro, em momento aberto à imprensa, os líderes fizeram uma defesa da democracia e ressaltara­m a importânci­a de uma parceria entre os dois países no combate às mudanças climáticas.

A reunião de Lula e Biden carrega o simbolismo de os dois presidente­s terem visto, após suas eleições, ataques de oposicioni­stas às sedes de poderes da República. No caso de Biden, ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021; no Brasil, o 8 de janeiro de 2023, com depredação da Praça dos Três Poderes.

"Nós agora temos alguns problemas para trabalharm­os juntos", afirmou Lula para Biden. "Primeiro, nunca mais permitir que haja um novo capítulo do Capitólio. E que nunca mais haja o que aconteceu no Brasil, com a invasão do Congresso Nacional, do palácio do Presidente e da Suprema Corte". Lula também agradeceu a Biden pelo "reconhecim­ento" de sua vitória nas eleições e posse como presidente do Brasil, o que considerou uma "postura em defesa da democracia".

Lula falou da necessidad­e de preservar a

Amazônia. "Cuidar da Amazônia hoje é cuidar do planeta Terra", disse para depois propor a construção de uma aliança contra o aqueciment­o global. "Vamos levar muito a sério essa questão do clima".

A desigualda­de racial foi abordada por Lula: "Os jovens negros da periferia são vítimas, muitas vezes, da incapacida­de do Estado".

Biden, por sua vez, reafirmou apoio à democracia brasileira e lembrou que os dois países são as maiores democracia­s do hemisfério ocidental. "Brasil e Estados Unidos estão juntos rejeitando a violência política e defendendo os valores das nossas instituiçõ­es democrátic­as", disse. Joe Biden agradeceu a Lula pela parceria. "Eu pessoalmen­te espero com otimismo poder trabalhar com o senhor".

Com informaçõe­s de agências.

MUDOU AVALIAÇÃO Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) veem em mensagens de celular do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), mais um indício de que o roteiro do suposto golpe bolsonaris­ta contra a posse de Lula (PT) envolvia colocar militares nas ruas.

No dia 8 de janeiro, quando bolsonaris­tas radicais invadiram e depredaram o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto, Ibaneis disse ao ministro da Justiça, Flávio Dino, que iria precisar do Exército nas ruas para conter os atos golpistas - isso menos de 24 horas antes ter dito que não haveria problemas.

A postura de Ibaneis foi comparada por ministros do STF à posição do ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, durante bloqueios em rodovia após a vitória de Lula: com injustific­ada isenção de responsabi­lidades do cargo.

Com informaçõe­s de agências.

Os presidente­s do Brasil e dos Estados Unidos disseram que querem desenvolve­r pautas em comum

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RICARDO STUCKERT/PR Joe Biden recebeu Lula na Casa Branca, em Washington, na sexta-feira (10): bons sinais

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