BOLSA VERMEER
de terem-no prejudicado na herança. O litígio envolve a holding que controla o Safra National Bank, que não tem relação com a casa de crédito da família no Brasil.
A lista dos bilionários brasileiros guarda uma diferença com a dos americanos. Apesar das encrencas em que se metem, Jeff Bezos, Elon Musk e Bill Gates associam seus nomes a transformações na economia. Um revolucionou o comércio, outro meteu-se com o carro elétrico e o terceiro, há tempo, mudou o rumo do negócio da informática.
O Rijksmuseum de Amsterdam abriu uma exposição inesquecível, daquelas que só acontecem em décadas. Mostra 28 pinturas de Johannes Vermeer (1632-1675). Um prodígio, porque hoje existem menos de 40 quadros do artista com autenticidade comprovada. Há 30 anos, outra mostra juntou apenas 21.
De graça, o site do Rijksmuseum oferece na rede um serviço excepcional para quem tiver algum tempo para jogar fora. Numa visita eletrônica perfeitamente calibrada e narrada
pelo inglês Stephen Fry (com legendas em inglês) vai-se por cada um dos quadros, com explicações didáticas e eruditas. Com cerca de cinco minutos para cada tela, percebem-se detalhes pelos quais poderia passar batido. As pérolas das garotas, os tapetes em cima das mesas ou o erotismo em diversos lábios.
Como na rede pode-se ver os quadros sentado e como não é preciso ver todos de uma vez, o Rijksmuseum deu ao mundo uma verdadeira Bolsa Vermeer. Não custa lembrar que o pintor levou uma vida dura. Criou 11 filhos, morreu arruinado aos 43 anos e sabe-se muito pouco de sua vida. Um de seus patronos era padeiro. Por séculos Vermeer foi tão subestimado que punham nomes de outros em suas telas. Seu "O Concerto", roubado de um museu de Boston, nunca mais foi visto. Valeria 250 milhões de dólares.