Correio da Bahia

Jovem de 17 anos é detido com bomba em escola

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SÃO PAULO Um atentado terrorista com bomba caseira em uma escola de Monte Mor (SP) mobilizou as polícias Civil, Militar e o Corpo de Bombeiros na manhã de ontem. Um adolescent­e de 17 anos, que também portava uma machadinha e tinha uma suástica - símbolo nazista - no braço, foi detido. Houve duas explosões, mas ninguém se feriu.

A ocorrência foi na Escola Estadual Professor Antonio Sproesser, onde também funciona a Escola Municipal Vista Alegre. O rapaz é ex-aluno da instituiçã­o. Cerca de 300 estudantes de 12 a 15 anos estudam no período da manhã na escola.

Garrafas amarradas e cheias de combustíve­l e pregos foram apreendido­s. Secretário de Segurança da cidade, Anderson Palmieri disse à reportagem no local que o rapaz não conseguiu entrar na escola - corredores e salas -, mas chegou a jogar bombas caseiras na entrada da instituiçã­o.

Policiais militares do Batalhão de Ações Especiais foram para o local. Ambulância­s também foram acionadas. Em nota, a prefeitura disse que a situação foi contida e que os alunos foram dispensado­s. "Não houve feridos e o indivíduo foi capturado e encaminhad­o para delegacia", informou a administra­ção municipal.

A prefeitura também informou que o jo

A tentativa de atentado aconteceu ontem e o jovem detido é um ex-aluno da instituiçã­o de ensino

vem foi apreendido por guardas-civis metropolit­anos, logo depois do ataque. Ele foi encaminhad­o à delegacia da cidade, onde o caso é investigad­o. A Polícia Civil apura o que teria motivado os ataques.

A prefeitura determinou a suspensão das aulas da manhã e da tarde de ontem. O governo avalia oferecer acompanham­ento psicológic­o aos alunos, retirados da instituiçã­o por causa do atentado.

"O ocorrido foi um ato isolado, e a Prefeitura de Monte Mor, também por meio desta [nota], tranquiliz­a todas as famílias, pais e responsáve­is, de alunos da rede municipal de ensino e repudia, de forma veemente, todo e qualquer ato de violência", diz trecho do comunicado que foi distribuíd­o à imprensa.

A Secretaria Estadual de Educação lamentou o caso, ressaltand­o a inexistênc­ia de feridos. A pasta afirmou que a segurança da unidade será reforçada, com o apoio de ronda escolar.

Após a perícia no local, as aulas serão retomadas. Alunos da rede do estado comparecem nos períodos da tarde e noite. Os da prefeitura frequentam pela manhã.

Com informaçõe­s de Agências.

ESTADOS UNIDOS Moradores de Ohio e de outros estados do leste dos EUA estão em alerta sobre possíveis contaminaç­ões decorrente­s do descarrila­mento de um trem de carga que transporta­va cloreto de vinila na semana passada. Uma névoa potencialm­ente tóxica e odores intensos foram registrado­s na área no dia 7 de fevereiro e agora são motivo de processos judiciais e preocupaçã­o das autoridade­s com possíveis contaminaç­ões.

Dois residentes do estado da Pensilvâni­a entraram com uma ação federal contra a Norfolk Souther, empresa responsáve­l pelo trem que descarrilo­u na linha Ohio-Pensilvâni­a. O processo tenta exigir que a empresa garanta um monitorame­nto de saúde para residentes dos dois estados.

Se a ação for julgada procedente, a operadora ferroviári­a teria que pagar pelo exame médico e cuidados relacionad­os a qualquer pessoa em um raio de até 48 km do local do descarrila­mento para determinar quem foi afetado pelas substância­s tóxicas liberadas.

Cerca de 50 vagões, incluindo 10 transporta­ndo materiais perigosos, descarrila­ram no dia 3 de fevereiro em Ohio. Ninguém ficou ferido no descarrila­mento que os investigad­ores disseram ter sido causado por um eixo quebrado. Quatro dias após o acidente, no entanto, as autoridade­s decidiram liberar e queimar cloreto de vinila dentro de cinco vagões-tanque, lançando no ar cloreto de hidrogênio e o gás tóxico fosgênio. A companhia ferroviári­a Norfolk Southern advertiu que a operação poderia liberar vapores mortais caso inalados.

Os reguladore­s ambientais têm monitorado o ar e a água nas comunidade­s vizinhas e disseram que até agora a qualidade do ar permanece segura e o abastecime­nto de água potável não foi afetado. Mas moradores reclamaram de dor de cabeça e mal-estar desde o descarrila­mento.

Em um comunicado publicado do gabinete do governador de Ohio, Mike DeWine, na semana passada, afirmava-se que “o conteúdo de cloreto de vinila de cinco vagões é atualmente instável e poderia explodir”.

O cloreto de vinila é um gás incolor utilizado em uma variedade de produtos plásticos e materiais de embalagem. Quando queimado, pode criar fosgênio, uma substância altamente tóxica utilizada como arma química na 1ª Guerra Mundial.

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