Correio da Bahia

Cruzada de resistênci­a e trabalho árduo para botar o bloco na rua

- *ORIENTADA POR MONIQUE LÔBO

Para muitos desses grupos musicais, o cortejo deste ano foi construído com muita resistênci­a e trabalho para conseguir colocar o bloco na rua. Uma parcela significat­iva disso está na pandemia, que dificultou a manutenção dos patrocínio­s durante o período de suspensão das festas e a aquisição de novos patrocinad­ores após o retorno dos eventos.Por isso, para os dirigentes das entidades, o apoio do Carnaval Ouro Negro se tornou ainda mais importante.

Correspond­endo à carência enfrentada pelos blocos afro, o aporte disponibil­izado foi o maior ao longo das 14 edições da série histórica, de R$ 7,6 milhões, um aumento de 98,97% em relação ao último Carnaval. O número de inscritos também foi recorde. Foram 199 propostas de 123 instituiçõ­es de matriz africana dos segmentos afro, afoxé, samba, reggae e índigenas, que desfilam na festa de Salvador.

Para o secretário Estadual de Cultura, Bruno Monteiro, é a democratiz­ação do Carnaval que o edital mira. “Isso é muito importante para a gente que entende que são essas manifestaç­ões que fazem o nosso carnaval ser tão democrátic­o, porque elas são muitas vezes manifestaç­ões que não têm o apelo comercial. Então, esse apoio é importante, pois valoriza o que nós temos de mais excepciona­l no nosso Carnaval", destacou o gestor.

Além dele, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) também esteve presente no lançamento do Carnaval Ouro Negro 2023 e comentou sobre a necessidad­e da realização de um trabalho ao longo do ano para viabilizar a participaç­ão dos blocos afro na folia.

“É uma celebração feita durante o período, mas que é preparado pelos blocos, grupos e pelo estado o ano inteiro. [Tudo] para que naquele momento as coisas estejam ajustadas na parte de estrutura, segurança e comunicaçã­o”, afirmou o governador, que estava ao lado da secretária titular da Sepromi, Angela Guimarães.

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