Correio da Bahia

Calabar: após tiroteio, 100 policiais cumprem mandados

- BRUNO WENDEL

OPERAÇÃO GARROTE Depois de um dia de tensão, a polícia cumpriu ontem mandados de busca e apreensão contra suspeitos de tráfico de drogas e de envolvimen­to na troca de tiros ocorrida no Calabar e Alto das Pombas, durante a madrugada de quarta-feira. Foi a segunda fase da Operação Garrote, deflagrada pelo Departamen­to de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). Não houve prisões.

A ação conjunta contou com a participaç­ão de 100 policiais e foi liderada pela Coordenaçã­o de Narcóticos e equipes do Draco, da Coordenaçã­o de Operações Especiais (COE), do Bope, da Rondesp, da 41ª Companhia da PM (Federação), do Comando de Policiamen­to Regional (CPR/Atlântico), com helicópter­os do Graer.

Na primeira etapa da operação, no último dia 9, o líder do tráfico do Calabar, que já integrou a carta Damas de Copas do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública (SSP), foi preso em Guarajuba. Ele permanece à disposição da Justiça. A prisão dele, inclusive, teria motivado a tensão nos bairros e os disparos de arma de fogo anteontem.

O CORREIO apurou que o grupo de traficante­s alvo das ações da polícia no Calabar teria sido responsáve­l por diversas mortes no bairro, entre elas, a de dois integrante­s do clã Floquet, que se mantém desde o final da década de 1980 atuando no tráfico de drogas no Alto das Pombas. Os assassinat­os ocorreram em menos de um mês.

A morte mais recente investigad­a como sendo de autoria do grupo é a de Luís Henrique Santos Miranda, 40 anos, baleado dentro da Maternidad­e Climério de Oliveira, no bairro de Nazaré, no dia 13 de novembro do ano passado. Ele estava na recepção do hospital, para visitar uma adolescent­e de 14 anos e sua filha recém-nascida, quando três homens armados chegaram, mandaram as pessoas saírem de perto e fizeram dezenas de disparos usando uma metralhado­ra. Luís Henrique foi morto com mais de 50 tiros.

Luís Henrique tem parentesco com Fabíola Floquet Miranda Caldas, 32, que foi baleada por três homens a poucos metros de sua casa, no dia 9 de outubro de 2022. Ela era filha da traficante Selma Floquet, que foi presa em 2016 quando estava à frente do ramo da família.

“Não houve prisão, mas conseguimo­s coletar provas para investigaç­ão”, declarou, ontem, o diretor do Draco, o delegado José Bezerra.

Rodrigo foi ex-atleta profission­al e jogava pelo Clube América Bahia, atual campeão da Fut7 Cup. Nas redes sociais, o clube homenageou o atleta: “Perdemos um campeão! Descanse em paz.” A morte será investigad­a pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos.

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DIVULGAÇÃO Agentes percorrem ruas do Calabar e Alto das Pombas e coletam provas para investigaç­ão contra o tráfico

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