Seis brasileiros estavam em acidente letal no Panamá
AMÉRICA CENTRAL Seis crianças brasileiras estavam no ônibus com imigrantes que sofreu um acidente na madrugada de ontem, no Panamá. A informação foi confirmada pelo Itamaraty, que acrescentou não saber se elas estão entre os 39 mortos. O veículo viajava rumo aos EUA e caiu em um barranco em Gualaca, na província de Chiriquí, perto da fronteira com a Costa Rica.
Além dos mortos, cerca de 30 pessoas ficaram feridas. Segundo a vice-diretora do Serviço de Migração, María Isabel Saravia, havia 66 migrantes no ônibus, entre eles 20 menores de idade, além dos dois motoristas - um deles morreu.
O Serviço Nacional de Migração do Panamá citou a nacionalidade das vítimas, sem divulgar uma lista oficial. Por isso, ainda não é possível confirmar se os brasileiros estão entre os mortos ou entre os feridos. A Unicef informou que pelo menos três crianças morreram no acidente, mas também não detalhou a nacionalidade delas.
“É lamentável o que aconteceu. Havia de todas as nacionalidades no veículo. Havia venezuelanos, equatorianos, pessoas do Brasil, do Chile”, disse María Isabel, em entrevista à rádio RPC. Segundo a imprensa do Panamá, o ônibus transportava imigrantes que tinham cruzado a selva de Darién, na fronteira do Panamá com a Colômbia, e caiu em um barranco.
“O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil no Panamá, acompanha com atenção o caso e mantém estreito contato com autoridades locais sobre o ocorrido”, disse o Itamaraty em nota. “Seis crianças brasileiras estavam entre os passageiros. Até o momento, não há confirmação de mortes de cidadãos brasileiros”, pontuou o ministério.
O canal de TV Telemetro teve acesso à lista de passageiros por nacionalidade, que aponta a presença de quatro meninas e dois meninos brasileiros, sem citar adultos. Em seus registros de imigrantes que cruzam o Estreito de Darién, o governo do Panamá ressalta que muitos brasileiros são filhos de migrantes de outras nacionalidades - geralmente do Haiti - que nasceram no Brasil.
O ônibus transportava os migrantes que haviam passado por Darién, uma das rotas mais perigosas do mundo (tanto pelas dificuldades naturais como pela presença de criminosos), até um abrigo na localidade de Gualaca. O veículo sofreu o acidente após 14 horas de uma viagem de 700 km.
O Panamá trabalha para identificar as vítimas e só adiantou que entre as nacionalidades dos passageiros
O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil no Panamá, acompanha com atenção o caso e mantém estreito contato com autoridades locais sobre o ocorrido. Seis crianças brasileiras estavam entre os passageiros. Até o momento, não há confirmação de mortes de cidadãos brasileiros Ministério de Relações Exteriores Em nota oficial
estariam brasileiros, chilenos, equatorianos e venezuelanos. Cuba e Colômbia confirmaram mortes de cidadãos. O governo do Equador informou que no ônibus havia 22 equatorianos e que dois estão em estado grave.
Segundo a imprensa local, o ônibus saiu da estrada em uma curva e caiu em um barranco, onde bateu em uma pedra e em um micro-ônibus parado em uma rodovia mais abaixo.
“Parece que foram os freios”, afirmou Edgar Guerra, um dos passageiros do micro-ônibus. “Eu e o motorista nos jogamos debaixo dos assentos e não sofremos nada”.
Darién é um corredor para migrantes que viajam da América do Sul para os Estados Unidos, passando pela América Central. É um trecho onde a rodovia Pan-Americana, que interliga o sul do Chile com o Alasca, é interrompida.
Segundo o governo panamenho, 248 mil pessoas, a maioria venezuelanos, entraram no Panamá por Darién em 2022. “Estamos preocupados com o aumento do número de crianças que atravessam a selva. Nos primeiros 45 dias do ano, 7 mil cruzaram a selva a pé”, lamentou a representante do Unicef no Panamá, Sandy Blanchet.