MARCAÇÃO IMPLACÁVEL
Caso Daniel Alves MP da Espanha pede manutenção da prisão preventiva do atleta
O Ministério Público da Espanha pediu a manutenção da prisão preventiva de Daniel Alves durante a análise do recurso pela liberdade provisória do jogador, em audiência realizada ontem, na terceira seção do Tribunal de Barcelona. O órgão citou os múltiplos indícios que incriminariam o brasileiro, especialmente as provas de DNA. As informações são do jornal espanhol La Vanguardia.
Daniel Alves não participou da sessão, que foi realizada a portas fechadas e contou apenas com os advogados das partes envolvidas. Agora, os três magistrados do tribunal vão ponderar os argumentos apresentados e decidir se o jogador poderá responder às acusações em liberdade. De acordo com o La Vanguardia, o resultado “não deve sair imediatamente”.
O jogador brasileiro está preso no centro penitenciário Brians 2, em Barcelona. A defesa entrou com recurso no fim de janeiro contra a prisão preventiva do atleta. Em documento de 24 páginas, o advogado Cristóbal Martell alega que não há risco de fuga da Espanha, sendo sugerido a entrega do passaporte e até mesmo o uso de “pulseira telemática”, similar a uma tornozeleira eletrônica.
Por outro lado, Ester Garcia, que representa a denunciante, pede que a prisão seja mantida até o final do julgamento. Para a advogada, há sim a possibilidade de o jogador aproveitar a saída para deixar a Espanha. Vale ressaltar que
Mantivemos a mesma posição que defendemos por escrito faz duas semanas. Entendemos que é preciso manter a prisão provisória e sem fiança, não apenas pelos indícios do crime, que existem, mas porque segue o risco elevado de fuga Ester Garcia Advogada da denunciante
o Brasil não extradita brasileiros, o que poderia livrar o jogador da Justiça espanhola em caso de fuga ao país. Ela afirma que a concessão da liberdade ao jogador seria um “atentado contra a integridade psicológica” da suposta vítima.
“A Justiça não pode permitir que ele esteja em liberdade enquanto ela está presa”, disse Ester a jornalistas após a audiência. “Mantivemos a mesma posição que defendemos por escrito faz duas semanas. Entendemos que é preciso manter a prisão provisória e sem fiança, não apenas pelos indícios do crime, que existem, mas porque segue o risco elevado de fuga”.
Na última semana, resultados do Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses
de Barcelona apontaram que os restos de sêmen coletados das amostras intravaginais da mulher de 23 anos que acusa Daniel Alves de agressão sexual são do jogador, assim como os encontrados no chão do banheiro da casa noturna em que os dois estiveram por 15 minutos. As evidências contradizem a versão do atleta de que houve apenas sexo oral.