RELEMBRE OS “APELIDOS” DE ALGUMAS VIROSES DO CARNAVAL
Abaixa que é tiro (2020)
Banzeiro (2018)
Metralhadora (2016)
Xenhenhem (2015)
Ziriguidum (2013) não levariam ao adoecimento se as pessoas não estivessem mais protegidas”, complementa Vânia.
Recomendações do tipo “manter a distância” ou “usar máscara” são algo impensável no Carnaval, diante da própria forma como a festa funciona. Por isso, é preciso avaliar também a própria condição antes do evento. “Eu aconselho pessoas que são imunossuprimidas ou que não se vacinaram, porque tem uma porcentagem muito pequena que não se vacinou, a não ir para o meio da folia”, sugere a infectologista e imunologista Fernanda Grassi, pesquisadora da Fiocruz.
De certa forma, o fato de o Carnaval em Salvador acontecer principalmente em locais abertos e até perto do mar continua ajudando, ainda que se trate de uma aglomeração. “Acho que a gente pode fazer um Carnaval, sim, porque temos vacina. Não tem motivo para as pessoas não se vacinarem e não voltarem a viver normalmente”, diz. “Os cuidados que a gente tem que ter são cuidados gerais e as pessoas que são mais frágeis realmente não devem ficar lá no meio, porque essas pessoas podem fazer quadros mais graves”, acrescenta.
CRIANÇAS
Como muitas crianças ainda não receberam o esquema completo de vacinação contra a covid-19, ou mesmo imunizantes para outras doenças, elas também entram nesse ponto de cuidado. A coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Vânia Rebouças, ressalta a necessidade de imunizá-las no período correto.
“Temos vacinas para dezenas de doenças na rede pública para diferentes idades. Normalmente, os foliões são adultos, mas a gente precisa proteger não só eles, mas as crianças que estão em casa”, reforça.
A Bahia já definiu a dose de reforço para crianças com idades entre cinco e 11 anos. “Temos a Pfizer pediátrica, chamada pelo pessoal de Pfizer Baby e que atende crianças dos seis meses aos cinco anos. Ela também foi disponibilizada semana passada para os municípios que estão dando continuidade a esse público”, explica Vânia Rebouças.
Para a pediatra Michelli Rodrigues, da Beep, os índices de cobertura vacinal para crianças menores de cinco anos no estado também são preocupantes. “Mesmo sabendo que a maioria das crianças apresenta as formas leves e até assintomáticas da doença, existem possíveis formas graves e complicações, como a síndrome inflamatória multissistêmica e a covid longa”, afirma, citando que a vacina contribui para prevenir esses casos.