Correio da Bahia

HERDEIROS DE MORAES NO TRIO E NO CHÃO DA PRAÇA

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vador fez o máximo para ocupar a Praça Castro Alves, um lugar referencia­do em diversas músicas do artista e onde, aos pés do poeta [a estátua de Castro Alves], Moraes Moreira entrou para a história como o primeiro a cantar em um trio elétrico.

Nas ruas, seus fãs, órfãos da alegria contagiant­e do músico, também procuraram pelas lembranças eternas dele. Na Mudança do Garcia, o grupo Moraes e Moreira marcou presença com a blusa que estampa o rosto do cantor e compositor. Estes mesmos poderiam ser encontrado­s acompanhan­do o trio de Armandinho, Paulinho Boca ou Davi Moraes. E se perguntado­s sobre o primeiro Carnaval sem Moraes, a resposta era sempre a mesma: “tudo que a gente vive no Carnaval é por causa dele”.

O CANTOR VIVE NA CANÇÃO

O cantor e compositor Gerônimo Santana diz que não é hora de sentir saudade. Segundo ele, Moraes Moreira vive em suas composiçõe­s. "A obra do artista é onde Deus tem o poder de fazer com que ele seja eterno. Tem uma música que eu acho que é o hino do Carnaval, que é Chame Gente", diz o artista, que cantou as músicas de Moraes no seu Buzanfan.

Saulo Fernandes também homenageou Moraes Moreira em todas as suas pipocas. No último dia oficial de Carnaval, ontem, no Centro, ele usou uma blusa estampada com o rosto do cantor. "Moraes Moreira no peito! Ele é duas coisas que eu queria ser: cantor de trio elétrico e poeta, um dia chego lá. Moraes, obrigado por tudo. Se não fosse você, a gente não estaria aqui", disse ele, citando também o centenário de Osmar Macedo, um dos inventores do trio.

Já Armandinho Macedo afirmou que a falta de Moraes acontece por tudo que ele represento­u. “A falta dele aqui no Carnaval é grande. No público, todo mundo fala dele, e são super amorosos, aplaudem e gritam quando se fala “Moraes Moreira”. Apesar dessa homenagem ser justíssima, é uma pena que ele não tenha visto isso em vida”.

Segundo o parceiro de vida e de composiçõe­s como Chame Gente, entretanto, o amigo está eternizado nos filhos de sangue e nos “filhos da alegria” -- que se guiam na estrada musical que ele deixou para todos.

LEGADO ETERNO

Um desses filhos musicais acompanhou o show de Paulinho Boca, no sábado. O estudante Rubens Portela, 23 anos, aprendeu a tocar instrument­os ouvindo Novos Baianos e principalm­ente a obra de Moraes. O jovem, que não vivenciou os tempos áureos da banda, lamenta nunca ter conseguido acompanhar um show do cantor no

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GEOVANA OLIVEIRA CORREIO Fã se vestiu de Moraes Moreira para seguir o trio elétrico de Paulinho Boca
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