Dino faz PF entrar no caso da morte de Marielle e Anderson
QUESTÃO DE HONRA O ministro da Justiça, Flávio Dino, mandou abrir inquérito na Polícia Federal para investigar os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, em colaboração com o Ministério Público Estadual e a Polícia Civil do Rio.
A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros em 14 de março de 2018. Os acusados do crime estão presos e aguardam julgamento: os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. A investigação não conseguiu chegar a possíveis mandantes do assassinato ou mesmo outros envolvidos no crime.
O caso, na prática, continua sob responsabilidade do Ministério Público, mas a Polícia Federal vai investigar a parte que lhe compete, em força-tarefa com o MPRJ, e auxiliar na parte de inteligência e investigação.
De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, o inquérito é para ampliar a colaboração federal com as investigações "sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de Marielle e Anderson". "Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes", declarou Dino em uma rede social.
O inquérito é do Setor de Inteligência Policial (SIP) da Superintendência da PF do Rio de Janeiro e ficará sob a responsabilidade do delegado Guilherme de Paula Machado Catramby. O investigador foi designado pelo novo superintendente do Rio, Leandro Almada, que, por sua vez, foi nomeado pela Direção-Geral da PF com a missão de ampliar a investigação do caso emblemático, que é tratado como "questão de honra" para o atual governo federal.
Na semana passada, o superintendente da PF no Rio e o procurador-geral de Justiça do estado, Luciano Mattos, assinaram um pacto para investigação conjunta, sem precisar federalizar o caso. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, esteve presente.
Até agora, quase cinco anos depois dos assassinatos e após diversas trocas nos comandos das investigações na Polícia Civil e no Ministério Público, não se sabe quem mandou matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes e as razões para isso.
Com informações da CNN e Agência Globo.