Gaza tem bombardeio um dia após 11 mortes
ORIENTE MÉDIO Israel e grupos armados palestinos trocaram disparos de foguetes e mísseis na Faixa de Gaza, ontem, um dia depois que uma operação israelense na Cisjordânia deixou 11 mortos e mais de 80 feridos no ataque mais letal do exército desde 2005.
Os lançamentos de mísseis na Faixa de Gaza foram reivindicados pelo grupo palestino Jihad Islâmica, que pediu às “forças de resistência” que “respondessem sem hesitação ao maior crime cometido pelo exército israelense em Nablus”. Israel respondeu com bombardeios aéreos contra o território, que está sob o controle do movimento islâmico Hamas desde 2007.
O exército de Israel afirmou ter interceptado cinco foguetes com a ajuda de seu sistema de defesa antiaérea. Em seguida, realizou ataques aéreos contra vários alvos em Gaza, incluindo uma instalação do Hamas. O complexo alvo do bombardeio, que também serviu de armazém de armas navais, situa-se junto a uma mesquita, um centro médico, uma escola, um hotel e uma esquadra da polícia, segundo informou a mesma fonte.
Esses bombardeios, segundo as autoridades israelenses, “danificaram significativamente as capacidades” do Hamas.
Em Gaza, pouco antes do amanhecer, os moradores ouviram o apito de uma saraivada de foguetes, aparentemente disparados em retaliação pela morte de 11 palestinos por fogo israelense um dia antes.
Essas mortes ocorreram na cidade de Nablus, um dos núcleos da resistência armada palestina no norte da Cisjordânia. De acordo com as forças israelenses, a operação pretendia “prender suspeitos envolvidos em ataques” contra israelenses e que planejavam novas ações.
As tropas israelenses mataram os três palestinos que procuravam: Hossam Aslim, Muhamad Fatah e Walid Dahil. A operação provocou violentos distúrbios e tiroteios no centro de Nablus. Civis também morreram.
Mohamed Shtayeh, primeiro-ministro da Autoridade Palestina, qualificou o ataque de Israel como “terrorismo organizado” e afirmou que o país vizinho busca transferir sua crise política interna para o conflito com os palestinos.