PRESSÃO PARA CAIR NA REALIDADE
Bahia Time é recebido com protesto de torcedores no aeroporto após goleada de 6x0
Um dia depois da goleada humilhante por 6x0 sofrida para o Sport, na Ilha do Retiro, o elenco do Bahia foi recebido com protesto durante o desembarque no aeroporto de Salvador, ontem à tarde.
Torcedores se reuniram no local e aguardaram a chegada da delegação, vinda do Recife. Gritos de “time sem vergonha” foram entoados.
Alguns jogadores, como Jacaré, Ricardo Goulart, Raul Gustavo e Daniel foram cobrados. O técnico Renato Paiva também foi alvo dos protestos, que em alguns momentos ficou tenso. Jacaré chegou a reclamar da abordagem após ser empurrado com um tapa nas costas.
Outro que foi buscado pelos torcedores foi o diretor de futebol Cadu Santoro, que ouviu cobrança por contratações. Cercado por policiais, ele apenas escutou o apelo e não respondeu. Um torcedor disse para o gestor indicado pelo Grupo City: “O Bahia não é time de vitrine não, viu?”. Referia-se ao modelo de negócio adotado pelo conglomerado que comprou o clube baiano. Em algumas franquias, o objetivo é valorizar jogador para vender - e grande parte das contratações feitas pela diretoria até agora é de jovens atletas.
Essa é a primeira crise no Bahia desde que passou a ser o tricolor fez o mesmo. O rubro-negro teve duas chances claras em falhas grotescas da defesa, mas Rafinha e Tréllez não aproveitaram.
Na goleada para o Sport chamou a atenção a facilidade com o que o clube pernambucano entrava na defesa do Bahia. Ainda teve a tarefa facilitada, pois os zagueiros Raul Gustavo e David Duarte foram responsáveis diretos por pelo menos dois gols - o segundo e o quinto. Raul Gustavo ainda falhou também no terceiro, e Marcos Victor, no quinto.
Raul Gustavo, aliás, vive um momento de declínio técnico. Desde o clássico com o Vitória o zagueiro tem errado de forma sistemática. No Ba-Vi ele perdeu a bola e deixou Tréllez de cara com o goleiro. Na Ilha do Retiro, deu uma bola açucarada para Vagner Love ao tentar cortar de calcanhar, depois colocou a mão na bola, gerando o pênalti que ocasionou o segundo gol de Juba na partida.
Diante de tantos problemas, o técnico Renato Paiva terá uma semana para colocar a casa em ordem. O próximo jogo decisivo será na quarta-feira, contra o Jacuipense, pela primeira fase da Copa do Brasil, em Pituaçu. O Esquadrão joga pelo empate. Antes, o time visita o Itabuna pelo Baiano no domingo, só para cumprir tabela.
Na sequência, o Bahia encara o Vitória no segundo Ba-Vi do ano, pela Copa do Nordeste. O jogo será na Fonte Nova, dia 5 de março.