Para esperar ônibus e táxi numa boa
Prefeitura inicia substituição de 1.036 abrigos e pontos para mobilidade urbana
Os pontos de ônibus de Salvador serão reformados e receberão novas funções. As estruturas atuais são alvo de reclamação dos usuários, pois não protegem nem da chuva e nem do sol. Ontem, no entanto, a prefeitura assinou um contrato de concessão para a substituição de 836 abrigos e 200 pontos de táxi, e também para a implantação de lixeiras, relógios públicos e bicicletários na cidade.
Nos novos pontos de ônibus e de táxi haverá informações sobre clima, tempo de espera de coletivos e será possível ainda recarregar o aparelho celular. A concessão, assinada em janeiro, estabelece que a Eletromidia, apontada pela gestão municipal como o maior veículo de mídia Out of Home do Brasil, ficará responsável pela instalação, manutenção e informatização dos equipamentos por um prazo de 20 anos.
O prefeito Bruno Reis (União Brasil) lembrou que a concessão do mobiliário urbano de Salvador estava defasado e afirmou que o objetivo do novo contrato é oferecer conforto, informação e segurança para o cidadão.
"Há uma série de obrigações contratuais, como trocas de lixeiras, pontos de ônibus, de táxis, relógios etc. Se por um lado a gente consegue arrecadar recursos, por outro vamos melhorar a vida de quem pega transporte público. São novos pontos, que trazem mais conforto, tanto para a chuva como para o calor", afirmou o prefeito.
A licitação foi realizada em 2021, e a Eletromidia desembolsou R$ 187 milhões pelo contrato. "Este foi o maior valor pago no Brasil para concessão de ações em benefício de mobiliários urbanos", destacou Bruno Reis.
A empresa está apostando na publicidade para reaver esse investimento, depois
[...] Vamos melhorar a vida de quem pega transporte público. São novos pontos, que trazem mais conforto, tanto para a chuva como para o calor Bruno Reis
Prefeito de Salvador
que esses equipamentos estiverem instalados. A Mídia Out of Home (OOH) é uma das principais formas de publicidade em locais públicos, de grande circulação e ao ar livre. O diretor de Relações Institucionais da empresa, José Carlos Júnior, explicou que os abrigos terão cobertura, banco, fechamento lateral, vidro com fechamento no fundo, carregador USB e iluminação noturna.
Os usuários, por sua vez, estão contando com toda essa mudança. A diarista Elisangela Silva, 44 anos, faz uso do transporte público cinco vezes por semana e revelou que passa por alguns sufocos.
"Lá em Pernambués, onde moro, os pontos não oferecem abrigo. Quando faz sol a gente tem que ficar atrás de um poste para conseguir sombra, e quando chove a gente abre a sombrinha no ponto de ônibus para não se molhar. Espero que no novo modelo a gente não precise passar isso", disse.
Já o presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), Dênis Paim, afirmou que a reforma e instalação de novos pontos de táxi foi uma demanda apresentada pela categoria e discutida com o Município. "Hoje a situação está muito precária. Temos pontos sem banheiro, sem abrigo e com problemas de iluminação. Levamos essa demanda para a prefeitura e eles entenderam a nossa necessidade".
A meta é fazer todas as reformas até 2027. Em 2023, as equipes vão instalar 180 abrigos de ônibus, 50 bicicletários, 100 relógios, cinco painéis de mensagens variáveis e 300 lixeiras. A apresentação da nova concessão aconteceu na Barra, em frente a um abrigo modelo já instalado na Avenida Centenário.
água na localidade, embora a Embasa tivesse informado que resolveria até o começo da noite, conforme relatos nas redes sociais. Na Federação não houve registro de desabastecimento. Os serviços de correção do vazamento na região central da cidade foram finalizados até às 14h.
Assim como quando um carro foi engolido pelo asfalto no primeiro dia do Carnaval, na Av. Reitor Miguel Calmon, as duas crateras de ontem também foram causadas pelo rompimento de uma rede de distribuição da Embasa.
TRANSTORNOS
Mas afinal, o que há debaixo do asfalto que pode romper a qualquer momento? Especialistas explicam que as tubulações que conduzem a água tratada dos reservatórios hídricos até as residências possuem tamanhos diferentes. Se possuem vazão maior, são consideradas adutoras. Se o diâmetro for menor, são chamadas de redes de distribuição.
“Se compararmos com um corpo humano, é como se as adutoras fossem as artérias, que carregam mais sangue. As redes de distribuição seriam as veias porque saem das adutoras, são menores e distribuem a água pelas ruas”, explica o engenheiro sanitarista Jonatas Sodré, membro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA).
Apesar de a Embasa afirmar que em nenhum dos quatro casos de fevereiro houve rompimento de adutora, o engenheiro acredita que pelo estrago da primeira cratera, na Av. Reitor Miguel Calmon, há a possibilidade de ter sido uma tubulação grande a ponto de ser considerada adutora. “Naquele caso próximo a Av. Garibaldi pode ter sido uma adutora de menor porte”, analisa.
Vazamentos nas redes não são novidade. A Embasa reconhece que a média é de 30 vazamentos diários nos 7,8 mil quilômetros de extensão de rede entre Salvador e a Região Metropolitana (RMS). A empresa considera a média satisfatória e afirma que mantém cerca de 100 equipes disponíveis para a correção de vazamentos.
Quando os rompimentos são mais significativos, como os últimos quatro deste mês, o trânsito fica comprometido em várias partes da cidade. Ontem, o trânsito só voltou a fluir normalmente em Fazenda Grande e na Federação por volta das 15h40, segundo informou a Transalvador. Há ainda o desperdício de água, enquanto moradores ficam desabastecidos.
CAUSAS DO PROBLEMA
Pelo grande número de rompimentos diários, já é de se imaginar que não existe apenas uma causa para os vazamentos na rede de distribuição de água. Entre os fatores que podem causar danos es