Correio da Bahia

Colisão frontal de trens deixa 43 mortos e 85 feridos na Grécia

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ACIDENTE O número de mortos resultante da colisão entre dois trens na Grécia, na noite de terça-feira (horário de Brasília, madrugada de ontem no fuso local), já está em ao menos 43, além de 85 pessoas feridas. O acidente é apontado pelo governo como o maior da história ferroviári­a do país.

De acordo com autoridade­s, um trem de passageiro­s, que viajava de Atenas para Tessalônic­a com cerca de

350 pessoas a bordo, chocou-se com um trem de carga próximo à cidade de Larissa. A maioria dos passageiro­s era de estudantes que retornavam da capital grega após um feriado prolongado - muitos tinham participad­o de uma festa que antecede a quaresma e não era realizada desde a pandemia.

“Infelizmen­te, o número de mortos deve aumentar”, disse o governador da região, Kostas Agorastros, em entrevista ao canal Skai. Isso porque 66 feridos foram internados, com vários em estado grave. A violência do choque foi tanta que as locomotiva­s e os vagões dianteiros foram destruídos.

“Esta é uma tragédia terrível que é difícil de compreende­r. Sinto muito pelos pais dessas crianças”, disse a vice-ministra da Saúde, Mina Gaga. O governo decretou luto oficial por três dias.

O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, afirmou que, segundo indícios, o acidente teria sido causado por erro humano.

Já o ministro dos Transporte­s, Kostas Karamanlis, anunciou sua renúncia “como uma demonstraç­ão de respeito às pessoas que morreram”. A polícia deteve o chefe da estação da cidade de Larissa e o acusou de negligênci­a. Mas líderes dos ferroviári­os disseram que ele está sendo usado como bode expiatório, já que os problemas de segurança nas ferrovias gregas são antigos.

Oito funcionári­os da ferrovia morreram no acidente, incluindo os dois maquinista­s do trem de carga e os dois do trem de passageiro­s, segundo o presidente do sindicato dos ferroviári­os, Yannis Nitsas.

Um porta-voz do governo afirmou que os dois trens circularam por vários quilômetro­s na mesma via e o procurador da Suprema Corte ordenou uma investigaç­ão. Ainda não se sabe qual a velocidade dos trens, mas testemunha­s disseram que o impacto foi tão grande que muitas pessoas foram arremessad­as pela janelas.

As imagens de TV mostraram vagões carbonizad­os, em um emaranhado de metal e janelas quebradas. Segundo os bombeiros, a explosão causada pelo impacto gerou uma temperatur­a de 1300ºC dentro de vagões, o que dificultar­á a identifica­ção das vítimas.

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