UMA SABATINA CHEIA DE LACUNAS
Esposa de Rui é ouvida pela CCJ em sessão morna e sem as polêmicas geradas por sua indicação ao TCM
O fato de ser esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), o desgaste político e polêmicas que envolvem sua indicação para a vaga de conselheira do Tribunal de Contas do Município (TCM), a omissão ao cargo que ocupava na Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) desde 2015 no currículo enviado à Assembleia Legislativa e falta de qualificação exigida para o posto ficaram fora da sabatina realizada ontem pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com a ex-primeira-dama Aline Peixoto. Com a sessão em clima morno e sem atuação mais combativa da bancada de oposição, ela teve ontem o nome aprovado por unanimidade pelos integrantes do colegiado, etapa anterior à votação pelo plenário da Assembleia.
A expectativa de sessão em alta temperatura, no rastro da série de críticas e do mal-estar causado pela operação direta de Rui em favor da própria esposa, acabou não se confirmando. Inclusive, em relação a eventuais questionamentos que pudessem ser feitos sobre a pouca bagagem da ex-primeira-dama para assumir uma função que exige conhecimento técnico e uma razoável experiência em contas públicas. Os únicos pontos de tensão tiveram como origem questões de ordem sobre o direito à fala. Antes da sessão, um acordo entre as bancadas governista e de oposição permitiu a participação de deputados não membros da CCJ na fase de perguntas, limitados a cinco deputados cada, embora apenas os membros titulares tivessem direito a voto.
Durante cerca de 2 horas e 30 minutos, Aline respondeu a 11 perguntas, sendo cinco dos parlamentares governistas, cinco da bancada de oposição e uma do deputado Hilton Coelho (Psol), crítico ferrenho da indicação da ex-primeira-dama. Nas respostas, a esposa de Rui falou de forma suscinta e genérica sobre questões que envolvem processos licitatórios, prestação de contas, gastos com pessoal e outros tópicos comuns às administrações municipais. Fora o aparente nervosismo que saltava de seu tom de voz, se agarrou ao mote de “fazer do TCM um órgão menos