Correio da Bahia

Tubulação de gás é rompida em serviço da Embasa

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CORREDOR DA VITÓRIA Uma tubulação de gás foi rompida durante um serviço de manutenção realizado pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), na noite de ontem, em um ramal da rede coletora de esgoto, no Corredor da Vitória, em Salvador.

Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver o gás vazando da tubulação atingida. Pessoas presentes destacaram um “cheiro fortíssimo no local”.

O vazamento acabou provocando correria e interdição da via nos dois sentidos. Após serem acionados, técnicos da Bahiagás fecharam a tubulação de gás. Equipes do Corpo de Bombeiros também foram acionadas para acompanhar a ocorrência. Agentes da Transalvad­or ordenaram o trânsito, que ficou intenso durante o reparo.

O vazamento ocorreu em frente ao hotel

Bahia Sol. Por telefone, um funcionári­o da recepção disse que não foi preciso retirar os hóspedes.

Mais cedo, um buraco se abriu no bairro da Calçada, em Salvador, de responsabi­lidade da Embasa.

A obra na rede de distribuiç­ão de água foi feita após afetar o trânsito na região. Segundo a Embasa, parte do trânsito só pôde ser liberado a partir das 12 horas de ontem. “A recomposiç­ão do pavimento está sendo priorizada para liberação do trecho onde houve a interferên­cia”, diz trecho da nota.

A empresa não especifico­u o que ocorreu na tubulação.

Em apenas 18 dias, cinco casos de rompimento­s na rede de distribuiç­ão hídrica da Embasa já tinham causado transtorno­s na capital. Um mesmo endereço, a Estrada do Coqueiro Grande, em Fazenda Grande IV, apresentou o problema por duas vezes seguidas.

INVESTIGAÇ­ÃO Segundo informaçõe­s do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 95% dos escravizad­os resgatados na produção de vinho em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, se declaram negros (64% pardos e 31%, pretos) e 93% nasceram na Bahia. Os dados foram coletados através das guias de seguro-desemprego, que são preenchida­s com informaçõe­s fornecidas pelos próprios trabalhado­res. As informaçõe­s foram divulgadas pelo colunista do Uol, Leonardo Sakamoto.

Além desses dados, outros levantamen­tos foram efetuados. Todos os resgatados, por exemplo, são do sexo masculino, sendo 56% com idades entre 18 e 29 anos. A maioria, cerca de 61%, não terminou sequer o ensino fundamenta­l ou é analfabeta.

Os homens atuavam na colheita e no carregamen­to de uvas. Eles denunciara­m que foram vítimas de agressões por parte dos patrões. Houve relatos de choques elétricos, spray de pimenta e cassetetes. Ainda de acordo com eles, apenas os baianos recebiam o ‘castigo’. Os trabalhado­res atuavam para a Fênix, empresa prestadora de serviço contratada pelas vinícolas Aurora, Salton e Cooperativ­a Garibaldi.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) apresentou uma proposta de acordo com obrigações para uma possível assinatura de termo de ajustament­o de conduta (TAC). Segundo o MPT, houve disposição das empresas para avançar nas tratativas.

De acordo com documentos que o jornal O Globo teve acesso, uma das vítimas contou, em depoimento, ter escutado uma ordem de “matar os trabalhado­res baianos”. Um dia antes de fugir, o homem foi encurralad­o por quatro seguranças, que o espancaram com cabo de vassoura, usaram spray de pimenta e o morderam.

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ARISSON MARINHO Mais cedo, um buraco se abriu no bairro da Calçada, e a Embasa também teve de iniciar os reparos, afetando o trânsito

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