Correio da Bahia

PF apura desvio de R$ 50 milhões em Auxílio Emergencia­l

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FRAUDE A Polícia Federal de Campinas, em São Paulo, cumpriu nesta terça-feira 47 mandados de busca e mais dois de prisão preventiva em uma operação contra fraudes no Auxílio Emergencia­l que chegam a R$ 50 milhões. O alvo é uma organizaçã­o criminosa que tem atuação em 12 estados e também no Distrito Federal.

As apurações foram realizadas em conjunto entre Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, Caixa, Receita Federal, Controlado­ria-Geral da União e Tribunal de Contas da União. Este grupo foi denominado Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencia­l (Eiafae).

“Após análises de Relatórios de Inteligênc­ia Financeira (RIFs) e quebra de sigilos bancários, estima-se que a organizaçã­o criminosa movimentou valores que ultrapassa­m os 50 milhões de reais, com mais de 10.000 (dez mil) contas fraudadas.", disse a

PF, em nota à imprensa.

Os mandados foram expedidos pela 9ª Vara federal de Campinas e foram cumpridos ao longo do dia em

Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Tocantins e no DF. Também foi autorizado o bloqueio de bens e valores encontrado­s em nome dos investigad­os.

Cartões bancários, máquinas para efetuar pagamentos e outros objetos foram apreendido­s em Brasília (DF), Goiânia (GO), Santo Antônio do Descoberto

(GO), São José do Rio Ribamar (MA), Alta Floresta (MT), Juína (MT), João Pessoa (PB), Paulista (PE), Recife (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE), Paudalho (PE), Teresina (PI), Colorado (PR), Rio de Janeiro (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Machadinho d'Oeste (RO), Ariquemes (RO), Porto Velho (RO), São Leopoldo (RS), Guarulhos (SP), Sorocaba (SP), Ibiuna (SP), Valinhos (SP), Araras (SP), Marília (SP), Palmas (TO). Os dois mandados de prisão foram destinados a

47

mandados de brusca e dois de prisão em 12 estados e no DF mil contas foram fraudadas na operação

Goiânia e Brasília.

Ao todo, 37 envolvidos na operação que mobilizou 200 policiais federais estão sendo investigad­os pelos crimes de furto mediante fraude, estelionat­o e organizaçã­o criminosa. As penas somadas ultrapassa­m 22 anos de prisão.

O Auxílio Emergencia­l foi lançado em abril de 2020 para ajudar os trabalhado­res prejudicad­os pela pandemia da covid-19. As fraudes começaram a ser apuradas em agosto de 2020 após a Caixa Econômica Federal encaminhar informaçõe­s à PF de Brasília sobre 91 benefícios do programa de renda complement­ar fraudados. Eles somavam R$ 54,6 mil e tinham sido desviados para duas contas bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica, residente e sediada em Indaiatuba (SP).

Ao longo da investigaç­ão instaurada na Delegacia de Polícia Federal de Campinas “milhares de outras fraudes foram reveladas”, disse a PF: O rastreamen­to inicial das transações indicou que parte dos envolvidos estava situada em Goiás e Rondônia, sendo este último, estado lugar de residência de familiares da pessoa física residente em Indaiatuba. Outra etapa da investigaç­ão descobriu que os beneficiár­ios suspeitos receberam valores que pertenciam a 359 contas do Auxílio Emergencia­l.

O rastreamen­to inicial das transações indicou que parte dos envolvidos estava situada nos estados de Goiás e Rondônia Polícia Federal em nota

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