Correio da Bahia

Turista gasta, em média, cerca de R$ 250 por dia em Salvador

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A rede de luxo é onde mais se encontram os europeus, que costumam atravessar o Oceano Atlântico para a América do Sul nesta época do ano, quando é inverno no Velho Continente. “O câmbio da moeda europeia [euro ou libra] favorece muito eles, porque é valorizado. E também porque temos uma conexão de voos melhor do que com os Estados Unidos”, justifica Luciano Lopes, presidente da Associação Brasileira­s da Indústria de Hotéis na Bahia (Abih).

Os hotéis, hostels e pousadas ainda são os favoritos dos estrangeir­os, apesar da possibilid­ade de hospedagem privada, como aluguel por temporada. “Salvador é muito democrátic­a em relação à hospedagem, mas para o cliente que vem de outro país, o hotel ainda representa segurança, a possibilid­ade de mais opções”, afirma Lopes. No Vila Galé, hotel de luxo com vista para a Praia de Ondina, os sul-americanos são “mais abertos à conversa”. E identificá­veis até pela roupa. “No lobby, consegui identifica­r uma argentina só pela vestimenta: calça de linha, com uma ‘percatinha’, blusa regata e mochila”, comenta Camila Costa, recepcioni­sta da unidade.

Nos bares e restaurant­es, o estilo de cada nacionalid­ade já é conhecido. Os argentinos são os mais poupadores: amam moqueca, mas odeiam a hora de pagar 10% de comissão aos garçons. Já os russos, que adoram salmão, têm um perfil único: cada um deles, mesmo em grupo, costuma pedir uma bebida e comida própria. Diariament­e, um turista gasta, em média, R$ 250 em Salvador, estima a Abih na Bahia. “Argentino é canguinha. Já o russo é o mais gastador. Chegam aqui e cada um pega uma garrafa de cerveja, cada um pega um prato que poderia servir três pessoas”, conta Iago Lima, gerente do Boteco do Caranguejo na Barra.

Quanto aos europeus, “gastam bastante, mas não vêm muito para o lado de cá. Estrangeir­o vem para comer mesmo, jantar ou almoçar, não é esse negócio de sair da praia e ir para um bar não, isso é mais coisa de gente daqui”, diferencia Iago.

Os turistas do Velho Continente preferem os barzinhos mais próximos ao Porto da Barra ou Centro Histórico. Entre os que optam por visitar o interior, os locais escolhidos costumam ser o sul da Bahia e a Chapada Diamantina. “É uma maravilha, lindo para caramba, os guias são ótimos”, disse o publicitár­io francês Vicente Bronnee, 31, antes de partir para uma festa religiosa do Candomblé aberta ao público, em um terreiro de Salvador.

Entre os que optam por visitar o interior, os escolhidos costumam ser o sul da Bahia e a Chapada Diamantina

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