Ministro que trouxe joias ilegalmente ao Brasil ganha R$ 34 mil em Itaipu
CASO DOS DIAMANTES O ex-ministro Bento Albuquerque deve perder em breve seu cargo no conselho da Usina de Itaipu, que rende um salário de R$ 34 mil pela participação em reuniões bimensais. Outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro também devem ser destituídos dos cargos, como o ex-assessor especial Célio Faria Junior e o também ex-ministro Adolfo Sachsida. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Bento Albuquerque está no centro do escândalo da entrada ilegal de joias no Brasil. Por indicação de Bolsonaro, os ex-ministros têm mandato até maio de 2024. O regimento da empresa, porém, permite a substituição dos conselheiros a qualquer tempo. O governo Lula está preparando as substituições, segundo petistas. Os novos nomes estão sendo analisados pela Casa Civil.
No ano passado, 77 empresas públicas repassaram R$ 14,6 milhões em honorários e jetons para 460 pessoas. O gasto com os extras é ainda maior porque as empresas de economia mista não seguem as mesmas regras de transparência das estatais.
As primeiras alterações nas nomeações para cargos nas companhias mistas e estatais do governo Lula já foram realizadas no Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), após a renúncia, em janeiro, de seis nomeados pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Um conselheiro do BNDES recebe R$ 8,1 mil. O valor contempla as reuniões mensais e as extraordinárias. Em 2022, foram 51 encontros, média de quatro por mês.
O governo pagou R$ 14,6 milhões em honorários e jetons por 77 empresas públicas no ano passado