Correio da Bahia

PEQUENO ATREVIDO

Baianão Itabuna derrota o Bahia de novo, dessa vez contra o tricolor completo, e jogará pelo empate na Fonte Nova para ir à final

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Tem zebra dando as caras no Campeonato Baiano e vem de Camacan, no sul do estado, onde o Itabuna derrotou o Bahia e largou em vantagem no primeiro confronto da semifinal, disputado sábado, no estádio Ribeirão.

O Dragão do Sul venceu por 1x0, e o herói da tarde foi o zagueiro Jan Pieter, que marcou o único gol da partida, aos 29 minutos do segundo tempo. O azulino agora joga por um empate na Fonte Nova, no próximo sábado, para fazer história e ir à decisão. Se isso acontecer, será a segunda vez na história do clube, que foi vice-campeão em 1970.

Pela ótica do Esquadrão, o time vai sob pressão para tentar inverter o cenário em casa e não amargar o terceiro ano consecutiv­o fora da final do estadual. Em 2021 e 2022, só times do interior decidiram o Baianão - o Atlético de Alagoinhas desbancou Bahia de Feira e depois Jacuipense.

Diante do Itabuna, o Bahia teve mais uma apresentaç­ão ruim sob o comando de Renato Paiva, que não tem conseguido fazer o investimen­to milionário na montagem da equipe se transforma­r em exibições e resultados constantes. Apático, o time apresentou muita dificuldad­e na construção ofensiva e não converteu em gols as poucas chances que teve. Também voltou a mostrar instabilid­ade defensiva.

Diferentem­ente do confronto da primeira fase, quando usou jogadores dos times sub-20 e sub-17 e foi goleado por 4x0, o Bahia dessa vez perdeu com a equipe principal em campo.

No início, o tricolor apostou nas jogadas pelo lado direito, com apoio de Jacaré, para chegar ao ataque. Mas foi o Itabuna que conseguiu o primeiro bom momento e levou perigo no contra-ataque puxado por Cesinha, um dos artilheiro­s do estadual, que só foi parado com falta por Rezende. Em outro lance, o atacante ganhou a disputa pelo alto com Matheus Bahia dentro da área e o zagueiro Marcos Victor salvou.

Apesar da maior posse de bola, o Bahia fez um primeiro tempo fraco tecnicamen­te, sem impor dificuldad­e ao sistema defensivo do time da casa. Referência do ataque, Ricardo Goulart passou boa parte do jogo isolado.

A primeira grande chance do Esquadrão só aconteceu aos 29 minutos, quando Acevedo roubou a bola na entrada da área e chutou. A bola bateu na defesa e sobrou para Biel, frontal ao gol, mas ele chutou fraco e facilitou a vida do goleiro Thiago Passos.

Na reta final o desempenho ofensivo do Bahia melhorou, principalm­ente por conta de lances individuai­s. Mas o placar não foi alterado.

O segundo tempo começou com o Itabuna em cima, aproveitan­do um erro que virou marca registrada do adversário. Aos dois minutos, Matheus Bahia tentou recuar para o goleiro e errou feio; Alex Sandre saiu de cara com Marcos Felipe, mas Gabriel Xavier foi mais rápido e fez a cobertura. Os jogadores do Itabuna pediram pênalti, a arbitragem entendeu como disputa normal.

O Dragão do Sul sentiu o bom momento e ficou perto de abrir o placar em outros dois lances. Na pequena área, Hitalo não alcançou

Jogo em casa, a gente precisava fazer valer o mando de campo. Temos que melhorar, mas no total foi muito positivo 1x0 Jan Pieter Zagueiro e autor do gol do Itabuna

Fomos penalizado­s na bola aérea e perdemos por 1x0. Vamos jogar em casa e temos todas as condições para chegar na final Renato Paiva Técnico do Bahia

o cruzamento de Cesinha. Minutos depois o mesmo Hitalo completou o passe por baixo e Marcos Felipe fez uma defesa salvadora.

O Itabuna fazia suas tentativas de mudar o placar, enquanto o Bahia assistia. Sem articulaçã­o pelo meio-campo, o time da capital abusava dos lançamento­s - e dos impediment­os do ataque.

Diante da apatia tricolor, Renato Paiva colocou Cauly e Chávez no jogo. Mas o resultado apareceu do outro lado. Aos 29 minutos, o zagueiro e capitão Jan Pieter aproveitou a cobrança de escanteio, subiu na pequena área e, de cabeça, abriu o placar para o Itabuna no estádio Ribeirão.

Na reta final, Renato Paiva ouviu protestos da torcida tricolor. Nem mesmo os sete minutos de acréscimos foram suficiente­s para mudar a história do jogo, e o Itabuna comemorou a vitória no fim.

O Bahia agora dá uma pausa no Baianão porque tem confronto decisivo contra o Fluminense-PI, em Teresina, amanhã, no encerramen­to da penúltima rodada da Copa do Nordeste. Na lanterna do Grupo B, precisa vencer para subir para 6º e chegar à última rodada com chance de classifica­ção às quartas de final.

No Itabuna, o técnico Sérgio Araújo terá a semana livre para preparar o time para o jogo de volta em Salvador.

ITABUNA | THIAGO PASSOS, DEIVINHO, JAN PIETER, LUCIMÁRIO E ELIVELTON; HEBERT, JOÃO NETO (CACIQUE), MATHEUS CHAVES (JOADSON) E ALEX SANDRE; CESINHA E HITALO (FLAVINHO) TÉCNICO SÉRGIO ARAÚJO

BAHIA | MARCOS FELIPE, CICINHO (EVERALDO), MARCOS VICTOR, GABRIEL XAVIER E MATHEUS BAHIA (CHÁVEZ); ACEVEDO (RYAN), REZENDE (DIEGO ROSA) E DANIEL (CAULY); JACARÉ, RICARDO GOULART E BIEL TÉCNICO RENATO PAIVA

ESTÁDIO RIBEIRÃO, EM CAMACAN GOL JAN PIETER, AOS 29 DO 2º TEMPO CARTÃO AMARELO JAN PIETER,

CACIQUE, LUCIMÁRIO; REZENDE E GABRIEL XAVIER PÚBLICO 1.794 PAGANTES RENDA R$ 89.000 ÁRBITRO DIEGO POMBO, AUXILIADO POR ALESSANDRO MATOS E EDEVAN PEREIRA

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RAFAEL MACHADDO/EC BAHIA Lucimário marca Jacaré com firmeza

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