Procon registra 673 reclamações contra a Coelba em 2023
A Neoenergia Coelba já acumula 673 reclamações na Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor da Bahia (Procon-BA) somente neste ano. O número representa uma redução de 8% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando 736 queixas foram contabilizadas. Do total de atendimentos do Procon, 19 são sobre danos materiais e 17 sobre suspensão indevida do fornecimento. A cobrança de valores não reconhecidos é a denúncia mais recorrente.
O consumidor precisa entrar em contato com a empresa antes de fazer uma queixa na superintendência, como explica a Adriana Menezes, diretora de atendimento de orientação ao consumidor do Procon-BA. “Como a interrupção de energia pode ser por diversos fatores, é preciso primeiro reclamar com a empresa fornecedora e, se não houver solução, o consumidor deve procurar o Procon”, afirma. É importante que o consumidor guarde o número do protocolo do contato com a empresa para apresentar no momento da queixa.
Em caso de danos materiais, além do Procon, a Justiça também pode ser acionada. “O Procon é uma forma administrativa de se resolver. Na teoria, você será avaliado por alguém que tem a função de proteger o consumidor, enquanto que no judiciário, o caso é julgado por um juiz neutro”, esclarece Pedro Falcão, advogado especialista em Direito do Consumidor.
Para isso, é preciso que os clientes reúnam o máximo de provas que confirmem a hipótese de que o aparelho foi danificado pela má prestação do serviço. Há cinco anos, Carol Pessoa, moradora de Lauro de Freitas, teve uma TV e computadores danificados por conta de quedas de energia. Ela entrou na Justiça e conseguiu uma indenização de R$ 8 mil. “Nós tínhamos na nossa rua constantes quedas de luz”, relata.