PF investiga se desembargador vendeu sentença a traficantes
‘HABEAS PATER’ A Polícia Federal faz buscas na manhã de ontem em endereços de Brasília, Belo Horizonte e
São Luiz para investigar suposto envolvimento do desembargador federal Cândido Artur Medeiros Ribeiro Filho, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, e de seu filho, o advogado Ravik de Barros Bello Ribeiro, com a venda de sentenças para investigados por tráfico de drogas. A informação consta de reportagem do site de O Estado de S. Paulo. Segundo a matéria, a ofensiva contra o magistrado e seu filho foi batizada 'Habeas Pater' e apura possíveis crimes de corrupção ativa e passiva.
Agentes cumpriram, ao todo, 17 mandados de busca e apreensão. Durante as diligências, foram apreendidos maços de dinheiro. O montante ainda não foi contabilizado. A base da operação da PF fica em Minas.
Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, que também proibiu o acesso dos investigados a 'determinados locais', assim como o contato entre eles. A ofensiva é deflagrada em simultâneo à Operação Flight Level 2, que investiga suposta quadrilha especializada em tráfico de drogas a qual o magistrado federal e seu filho estariam ligados. A investigação também apura crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A 'Flight Level 2' cumpre dez ordens de prisão - cinco preventivas e cinco temporárias - e 25 mandados de busca e apreensão em endereços de Belo Horizonte, São Paulo e Florianópolis. A Jus
Durante as diligências foram apreendidos maços de dinheiro; total não foi contabilizado tiça Federal também determinou o sequestro de 17 veículos e sete imóveis ligados aos investigados, além de bloquear as contas bancárias e criptomoedas de 34 alvos da investigação, incluindo empresas.
A primeira fase ostensiva da investigação foi deflagrada em abril de 2021 para investigar suposto esquema de transporte de drogas em aviões privados.
O inquérito foi aberto em outubro de 2020, após apreensão, no Aeroporto Internacional de Lisboa, de um avião executivo brasileiro, com 175 quilos de cocaína. A aeronave teria partido de Belo Horizonte.
Segundo a PF, apurações indicaram que os envolvidos na etapa inicial da operação seriam uma 'célula de uma organização criminosa maior voltada ao tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes financeiros'.