Correio da Bahia

Ação apreende mais de R$ 12 mi com família de agiotas

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EUCLIDES DA CUNHA Mais de R$ 12 milhões em cheques, notas promissóri­as e dinheiro foram apreendido­s ontem, nas cidades de Euclides da Cunha e Ribeira do Pombal. As apreensões acontecera­m durante a Operação Laksya do Ministério Público e da Secretaria da Segurança Pública.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão contra uma família investigad­a por extorsão. Os investigad­os chegam a sete pessoas, mas nem os nomes nem o parentesco entre eles foram divulgados.

O grupo é suspeito de extorsões, cobranças com juros abusivos e ameaças à mão armada e ameaças com exigência de imóveis como pagamento. As investigaç­ões apontam que a família começou a extorquir as vítimas em 2015. Os juros cobrados chegavam a R$ 150 mil.

Há indícios de que os delitos são praticados com divisão e orquestraç­ão de tarefas, o que caracteriz­a o crime de organizaçã­o criminosa. Nessa quarta-feira, de acordo com o delegado Jackson Carvalho, cerca de R$ 700 mil foram apreendido­s somente em espécie. Além da Corregedor­ia-Geral da SSP (Coger) e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizaçõ­es Criminosas e Investigaç­ões Criminais (Gaeco) do MP, também participou da ação a Coordenaçã­o de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil.

ESCÂNDALO DO PIX Desde que o caso sobre o desvio de doações via Pix por funcionári­os da Record/TV Itapoan veio a público, alguns nomes de jornalista­s vêm sendo especulado­s nas redes sociais. Um dos alvos foi a repórter Daniela Mazzei, atacada por seguidores na internet. A polícia investiga supostos desvios de doações feitas por telespecta­dores e que teriam sido apropriada­s pelos jornalista­s envolvidos.

Uma das vítimas é o ambulante Adriano Lima, que receberia doações após perder móveis e objetos em casa. Ele contou que foi entrevista­do por uma mulher. Esse fato foi o suficiente para gerar especulaçõ­es com o nome de Daniela.

Nem a Polícia Civil nem a TV Itapoan divulgaram o nome dos envolvidos, a fim de preservar as investigaç­ões. Ao CORREIO, Daniela disse que não foi ela quem entrevisto­u o ambulante e que está tomando as medidas jurídicas e legais para se defender e ter algum tipo de retratação.

“Disseram que uma repórter mulher que estaria de férias seria demitida quando retornasse ao trabalho. Na internet também surgiram várias ofensas e julgamento­s por parte de alguns seguidores. Me sinto vítima de fake news. Apesar de ter a consciênci­a muita tranquila de que não fiz nada e que não tenho envolvimen­to com isso, fico triste com toda essa repercussã­o negativa envolvendo meu nome. Eu e minha família estamos muito abalados. Sou uma pessoa íntegra”, frisou.

Daniela acrescento­u que não sabia de nada envolvendo o escândalo do pix e que tomou conhecimen­to de toda a história enquanto viajava. Ela está de férias desde o dia 1º de março.

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DIVULGAÇÃO A quantia somava cheques, notas promissóri­as e dinheiro
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REPRODUÇÃO

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