Correio da Bahia

Três vítimas do ‘golpe do Pix da Record’ são ouvidas

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DEPOIMENTO­S A Polícia Civil colheu, até o momento, o depoimento de três vítimas do que vem sendo chamado de ‘golpe do Pix na RecordTV Itapoan’. Ainda em data a ser definida, os suspeitos e outras pessoas que foram lesadas também prestarão depoimento. Entre os suspeitos, cujos nomes não foram divulgados, estão um editor e um repórter.

Ainda não há confirmaçã­o sobre o total de vítimas do esquema que funcionava através do programa Balanço Geral. Pessoas em dificuldad­e relatavam seus casos na atração televisiva, comovendo o público, que fazia doações via Pix. O dinheiro, no entanto, não era repassado pela emissora. Ao menos R$ 800 mil teriam sido desviados.

O inquérito policial foi instaurado na Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionat­o por Meio Eletrônico (DreofCiber). As investigaç­ões têm o apoio do Departamen­to de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP).

Em nota enviada ao CORREIO, no sábado (11), o diretor de jornalismo da emissora, Gustavo Orlandi, confirmou que a empresa apura as suspeitas. “A RecordTV Itapoan, assim que recebeu as denúncias, apura os fatos e tomará todas as medidas legais cabíveis para o caso.”

A emissora tomou conhecimen­to da fraude depois que o jogador de futebol Anderson Talisca, ex-Bahia, doou um valor para uma criança com câncer e procurou a família para checar como estavam e colocar a doação no imposto de renda. Informado de que não teriam recebido dinheiro algum, o atleta acionou a TV. A criança morreu. Uma outra vítima foi o ambulante Adriano Lima, que teve a casa invadida, perdeu tudo, mas não recebeu o dinheiro das doações.

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