Correio da Bahia

Analistas avaliam alternativ­as para conter crise no setor financeiro

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CONFIANÇA Uma combinação de venda de bancos nos Estados Unidos e na Europa e medidas de socorro por parte de bancos centrais pode ser a saída para evitar que uma crise no setor se alastre e coloque em xeque a estabilida­de financeira global à medida que a inflação pressiona para a contínua subida de juros nas economias desenvolvi­das. Ambos os caminhos são apontados por analistas e investidor­es como cruciais para que o segmento bancário, envolto de uma turbulênci­a nas últimas semanas, recupere a confiança e evite novas falências.

Nos Estados Unidos, três bancos fecharam as portas em questão de dias, levantando temores em relação à saúde de instituiçõ­es regionais e de menor porte no país. Embora os reguladore­s americanos tenham agido rápido para socorrer os depositant­es, com o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) oferecendo uma linha de liquidez adicional, a continuida­de da turbulênci­a pode exigir medidas mais profundas, bem como uma onda de fusões de aquisições no setor.

Na Europa, a aquisição do suíço Credit Suisse por um sócio de peso também pode ser a saída para o conglomera­do suíço superar a crise de que enfrenta há anos e que ganhou novo capítulo na quarta (15). Nomes como o do rival UBS e do J. Safra Sarasin, baseado na Suíça e controlado pela família Safra, são citados por analistas como possíveis compradore­s. Em paralelo, o Credit anunciou ontem que terá apoio de uma linha de até 50 bilhões de francos suíços, o equivalent­e a quase R$ 285 bilhões, por parte do Banco Nacional da Suíça (SNB, o banco central do país).

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