Correio da Bahia

SEM TEMPO PARA SOFRER MAIS

Bahia Amanhã é dia de outra decisão, agora pelo Baiano; time precisa vencer o Itabuna

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Como tem sido costume na temporada, o Bahia não terá muito tempo para juntar os cacos após mais um vexame. Ainda lambendo as feridas pela eliminação na fase de grupos da Copa do Nordeste, o tricolor já enfrenta o Itabuna amanhã, às 16h, na Fonte Nova, na partida de volta da semifinal do Campeonato Baiano. Na ida, Itabuna 1x0.

Maior vencedor do estadual, o Esquadrão percorre a marca histórica da 50ª conquista e vem de tropeços nos dois últimos anos.

A última vez que o tricolor levantou o caneco foi na edição de 2020, quando superou o Atlético de Alagoinhas nos pênaltis, em Pituaçu.

Em 2021, o time caiu para o Bahia de Feira, na semifinal, com direito a derrota por 3x0 na Arena Cajueiro, em Feira de Santana. No ano passado, ficou pelo caminho ainda mais cedo ao não passar da primeira fase. O Atlético foi o campeão nas duas ocasiões.

Conquistar o título de núreais: preço do ingresso na Cadeira (intermediá­ria ou inferior), com meia a R$ 15. Clube faz promoção mero 50 é algo raro no futebol brasileiro. Entre todos os clubes do país, apenas o ABC já alcançou tal marca. O alvinegro potiguar é o maior campeão estadual, com 57 taças. O Bahia aparece na segunda colocação do ranking, empatado com o Paysandu, que soma os mesmos 49 títulos no Pará.

Assim como nos dois últimos anos, em 2023 a situação tricolor é complicada. Sem engrenar sob o comando do técnico Renato Paiva, o Bahia até passou com tranquilid­ade na fase classifica­tória do Baianão, em que foi o líder vencendo sete dos nove jogos. A complicaçã­o veio na segunda fase, ao perder o jogo de ida da semifinal por 1x0 e agora precisar reverter a vantagem.

O Bahia avança de forma direta à final se vencer por pelo menos dois gols de diferença. Triunfo por um gol leva a decisão para os pênaltis na Fonte Nova. O clube do sul do estado tem a vantagem do empate.

O técnico Renato Paiva transmite confiança na classifica­ção. “No próximo jogo contra o Itabuna vamos jogar na nossa casa, nosso público. Itabuna vai jogar em função da vantagem, vamos ter que ter argumentos para fazer dois gols”, analisou.

Uma nova eliminação aumentará a pressão sobre o português. Durante a derrota em Camacan, ele ouviu gritos de “adeus” vindos da arquibanca­da. E amanhã, a torcida organiza um protesto no Dique do Tororó às 13h, pouco antes da partida.

O estadual se tornou a última chance do Bahia salvar o primeiro trimestre após a queda na Copa do Nordeste, marcada por goleadas contra Sport (6x0) e Fortaleza (3x0). O trabalho do Grupo City à frente do clube enfrenta sua primeira crise. O fundo investiu cerca de R$ 70 milhões em 15 contrataçõ­es, mas o elenco ainda possui muitas lacunas. Mais reforços devem chegar para o Brasileirã­o.

Por sinal, se não conquistar este Campeonato Baiano, o Bahia amargará o seu maior jejum na competição desde 2012, quando voltou a levantar a taça após 11 anos.

De lá para cá, o maior período sem vencer o torneio foi de dois anos, em 2016 e 2017, quando o Vitória ficou com o bicampeona­to, e nas edições de 2021 e 2022, vencidas pelo Atlético de Alagoinhas.

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FELIPE OLIVEIRA/EC BAHIA Técnico Renato Paiva gesticula e jogador observa durante treino

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