Correio da Bahia

Imóveis: ano terá mais lançamento­s e vendas, diz Ademi

-

BALANÇO O setor imobiliári­o de Salvador e Região Metropolit­ana (RMS) registrou uma queda de 17,5% no número de vendas de imóveis em 2022 (9 075), comparado com 2021 (10 997). Os dados são da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliári­o da Bahia (Ademi-Ba) e foram apresentad­os nesta quinta-feira (23), em Salvador.

Também houve queda no número de unidades lançadas na capital e RM. Enquanto em 2022 foram lançados pouco mais de 8 mil imóveis, em 2021 foram inaugurado­s 10,8 mil, o que correspond­e a uma queda de 26,2%. Também foram lançados 8,5% menos empreendim­entos no ano passado (65), frente ao ano anterior (71).

Os municípios da Região Metropolit­ana de Salvador levados em consideraç­ão na pesquisa são Lauro de Freitas, Camaçari e Mata de São João. Em todas elas e na capital, o Valor Geral de Vendas (VGV) - usado para verificar a taxa de retorno de um investimen­to, sendo possível avaliar se um empreendim­ento vale a pena ou não também caiu 30,6% de 2021 para 2022. De R$ 4,5 milhões para R$ 3,1 milhões.

As quedas, no entanto, não são vistas com maus olhos pelo setor. Isto porque, 2022 foi considerad­o um ano atípico, onde o mercado começou a sentir os aumentos das taxas de juros, segundo explica o presidente da Ademi-Ba Cláudio Cunha.

“Apesar de ter uma redução no número de unidades

Tudo aquilo que foi lançado foi absorvido pelo mercado Cláudio Cunha presidente da Ademi-Ba

vendidas e lançadas, [2022] foi um ano que permaneceu com sua disponibil­idade baixa e estável. Tudo aquilo que foi lançado foi absorvido pelo mercado”, analisa o presidente da Ademi-Ba.

Já segundo o diretor da Brain Inteligênc­ia Estratégic­a, empresa parceira e responsáve­l pela coleta e análise dos dados da Pesquisa Ademi-Ba, Fábio Araújo, o mercado está bom quando o seu estoque é consumido entre 10 e 15 meses. O estoque do mercado soteropoli­tano e de RMS é consumido em nove.

Esse número deixa o setor disponível para novos lançamento­s. Por isso, a expectativ­a para 2023 é de que o cresciment­o seja retomado, superando os percentuai­s de 2022. Cláudio Cunha destaca que a maior tendência para este ano são os imóveis compactos, espera-se um aumento de 40% deles.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil