Correio da Bahia

Protestos contra Macron reúnem 1 milhão

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FRANÇA Mais de 1 milhão de pessoas saíram ontem às ruas de várias cidades da França para protestar contra a reforma da previdênci­a, promovida pelo presidente Emmanuel Macron, segundo dados do Ministério do Interior. Muitas das manifestaç­ões foram marcadas pela violência.

Segundo o governo, 123 policiais ficaram feridos e 80 pessoas foram detidas. As centrais sindicais - que organizara­m as marchas convocaram nova mobilizaçã­o no domingo, para coincidir com a visita do rei britânico, Charles III, a Paris.

As greves prejudicar­am o trânsito e os transporte­s, pois os manifestan­tes bloquearam estações de trem; o aeroporto Charles de Gaulle, que atende Paris; e portos. Símbolos da França, a Torre Eiffel e o Palácio de Versalhes também foram fechados em razão das greves. Refinarias também pararam.

A marcha em Paris bateu um recorde de 800 mil manifestan­tes, segundo a central sindical CGT. Em todo o país, mais de 250 protestos foram organizado­s. Na capital, foram registrado­s confrontos entre a polícia e grupos mascarados vestidos de preto que atacaram pelo menos dois restaurant­es de fast-food, um supermerca­do e um banco.

O protesto nacional de ontem foi o nono organizado por oito sindicatos desde janeiro, quando os opositores ainda esperavam que o Parlamento rejeitasse a reforma da previdênci­a de Macron. Mas o governo forçou sua aprovação no dia 16, usando uma medida constituci­onal especial, que “atropelou” o parecer dos deputados após ter aval do Senado.

O objetivo do movimento é a retirada do plano que altera a idade de aposentado­ria de 62 para 64 anos até 2030 e antecipa para 2027 a exigência de 43 anos de contribuiç­ão para o recebiment­o da pensão integral. Atualmente, são necessário­s 42 anos para isso.

A mudança na lei previdenci­ária foi confirmada na segunda-feira, quando o Parlamento votou contra duas moções de censura ao governo. Segundo pesquisas, dois terços dos franceses são contra a reforma.

MEDICINA Cientistas da faculdade de medicina Weill Cornell, em Nova York, desenvolve­ram uma nova técnica de fertilizaç­ão in vitro que permite aos pais escolher o sexo de seus bebês. Segundo os pesquisado­res, ela é “extremamen­te segura, eficiente, barata e eticamente palatável”.

O estudo se baseou na densidade do esperma. O cromossomo X é ligeiramen­te mais pesado do que o Y, que gera descendent­es masculinos.

A seleção do sexo, entretanto, levanta preocupaçõ­es éticas, e a seleção de embriões com base nisso é ilegal em muitos países.

“Embora eticamente discutível, expressar uma preferênci­a sexual pela prole é popular entre os casais e não se limita àqueles em tratamento de infertilid­ade. O enriquecim­ento do sexo do esperma permite a seleção de embriões para o sexo desejado. Nosso método de seleção de sexo não aumenta a proporção de embriões aneuplóide­s adicionais”, dizem os pesquisado­res.

Aneuploidi­a é uma alteração caracteriz­ada pela presença de cromossomo­s a mais ou a menos. É o que acontece na síndrome de Down, por exemplo.

O teste foi conduzido com 1.317 casais divididos em dois grupos, com 105 homens no grupo de estudo em que a nova técnica foi usada; 59 casais desse grupo desejavam filhos do sexo feminino e 46, do masculino. A eficácia foi de 79,1% e 79,6%, respectiva­mente.

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FORCE OUVRIERE/DIVULGAÇÃO Manifestan­tes em Paris contra a reforma da previdênci­a

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