Correio da Bahia

LET’S GO CITY. VEM AÍ NOSSA TERCEIRA STAR!

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“Animai-vos, povo tricolor, que está para chegar o tempo feliz da terceira estrela. O tempo em que seremos campeões da Copa do Brasil”. O avanço do Bahia City na competição virá com a eliminação do Santos hoje.

Então, vamos colar com o português, sem piada, aceitar o gajo e torcer. Vão de camisa azulzinha clara. Olhem pro céu antes de a bola rolar: a terceira estrela vem luzindo, linda...

O Vitória largou tão forte na Série B a ponto de ficar estranho tentar explicar a apatia diante do Mirassol e o empate cedido ao Avaí. Caso seja problema de dinheiro ou outra dificuldad­e escondida, bora resolver.

Uma excelente solução encontrara­m os pernambuca­nos para inibir a violência. Em vez de estádio deserto ou torcida única, as mulheres e as crianças substituír­am os marmanjos porradeiro­s na Ilha do Retiro. Vamos copiar quando tiver Ba-Vi. Precisamos voltar a ter espetáculo­s nas arquibanca­das, belos e pacíficos, com rubro-negras, tricoloras e a garotada.

Tem notícia boa também na Seleção. O trabalho de arethé (excelência) desenvolvi­do por nosso considerad­o treinador Ramon Menezes. Por que a demora, Ednaldo, confirma o homem na Seleção principal, pois ali sabe tudo, meu rei!

Outra virtude de Ramon é conhecer bem os jogadores pois foi um deles. E mais uma: a bola o ama e Ramon tem moral de parar um treino e ensinar a tirar um lateral, bater um córner com veneno, cobrar falta... Ramon é prof doutor!

E vejam a boa surpresa: quem formava crença em futebol como alienação tem de se render agora ao movimento mundial antifascis­ta liderado por Vinícius Júnior. Vamos ver se nos convencemo­s da força política da bola.

Nosso Luiz Gama do Madrid é retado e joga duro! E junta com ele toda a energia boa, uma frente ampla mundial, de parabéns a CBF pela belíssima campanha “Com racismo não tem jogo”.

Mas olha a ressalva: nosso racismo tornou-se estrutural devido ao afastament­o dos pretos das arenas de ingresso caríssimo e dos times formados por brancos de classe média.

A coluna das maravilhas segue com a criação da Liga Universitá­ria de Jornalismo Esportivo, sediada na Faculdade de Comunicaçã­o da Universida­de Federal da Bahia (Ufba).

Outra boa é poder rever Galícia, Leônico, Fluminense de Feira e Jequié disputando o Campeonato Baiano da Segunda Divisão. (Ei, vamos cuidar do gramado de Pituacives!)

Também relacionad­o aos granadeiro­s e ao Moleque Travesso é o avanço do projeto “Campeões Esquecidos”, desenvolvi­do pelo Grupo de Estudos de Futebol, Cultura e Sociedade (Gefucs), em parceria com uma malharia mineira.

Já está em processo a confecção de padrões retificado­s do Galícia tricampeão baiano em 1943 e do Leônico, campeão em 1966. Já foram recuperado­s uniformes de 15 campeões esquecidos.

Boa manchete mesmo é o trabalho de policiais sérios na investigaç­ão da máfia de apostadore­s, mas por favor: só a pessoa muito tapada seria incapaz de prever a óbvia contaminaç­ão em um ambiente já tradiciona­lmente poluído. Todos estão envolvidos a começar dos gestores.

Vamos verificar se estão perturband­o, se o “inocente” do pix recordista tá nessa também... O problema não é pontual e sim estrutural: se deixarmos os homens trabalhar, vão ter de anular os campeonato­s. E construir arenas nas penitenciá­rias.

O problema das apostas não é pontual e sim estrutural: se deixarmos os homens trabalhar, vão ter de anular os campeonato­s. E construir arenas nas penitenciá­rias.

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