EM CLIMA DE DESPEDIDA
Brasil Eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, Marta fala em aposentadoria da Seleção: ‘Meu último ano’
Marta deixará a Seleção Brasileira. Aos 38 anos, a maior jogadora da história do futebol feminino pretende se aposentar da equipe nacional no fim deste ano.
Antes disso, porém, a craque quer ir para Paris-2024. Será sua última chance de ser campeã olímpica com a seleção. Seus melhores resultados nos Jogos foram as medalhas de prata em Atenas-2004 e Pequim-2008. Na França, o futebol brasileiro será representado apenas pelas mulheres. O time masculino não se classificou.
“Se eu for para a Olimpíada, vou curtir cada momento, porque, independentemente de estar lá ou não, este é meu último ano com a seleção. Não tem mais Marta a partir de 2025 na seleção como atleta. Tem um momento em que a gente tem que entender que chegou a hora. Eu estou muito tranquila em relação a isso”, disse, ao programa CNN Esportes S/A.
A camisa 10 do Orlando Pride é a atleta com mais gols pelo Brasil, entre homens e mulheres: balançou as redes 114 vezes. Ela é a segunda com mais partidas no time feminino, com 181 jogos, 53 a menos que Formiga. Eleita a melhor jogadora do mundo seis vezes (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018), é bicampeã dos Jogos Pan-Americanos (2003 e 2007) e tricampeã da Copa América (2003, 2010 e 2018).
A Copa do Mundo de 2023 foi a última disputada por Marta. Durante o torneio, ela confirmou que não tentaria uma sétima edição, número que somente sua antiga companheira de time, Formiga, alcançou. “Só ela conseguiu, e até hoje nunca me falou o segredo”, brincou. “A gente também tem de pensar em outras coisas na vida”. A atleta já falou sobre o desejo de ser mãe.
Na fase final da carreira, Marta assumiu o compromisso de deixar um legado para novas atletas. Para ela, a aposentadoria da seleção não significa queda de qualidade, já que confia nas jogadoras que irão continuar. “A gente tem uma equipe muito qualificada, com meninas talentosas.Nodecorrerdosanos,vocêsvãoverquerealmente é o que eu estou falando, é um terreno muito fértil. Por esse motivo, eu me sinto muito confortável em dizer: ‘Olha, vou passar o bastão, e vocês continuem levando esse legado’”.