Popular: Limão Nome Científico: Citrus Limonium Família Botânica: Rutáceas
O limão faz parte das riquezas milenares e cítricas do continente asiático mais especificamente das regiões indianas. Apesar de haver relatos sobre o uso do limão como medicamento pelos romanos, acredita-se que ou mulçumanos ou conquistadores árabes levaram esse fruto da Pérsia para a Europa e, desde então ele se espalhou rapidamente pela Europa e pelo mundo. O limão chegou nas Américas pelas mãos dos conquistadores portugueses e espanhóis, no século XVI mas se popularizou mesmo no Brasil durante a gripe Espanhola no começo do século XX . O que no início era um simples arbusto que se espalhava espontaneamente pelo sudeste asiático dominaria o restante do mundo.
Independente pelas mãos de quem chegou, o fato é que ele chegou para ficar! Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor mundial desta fruta, especialmente do Limão Tahiti. Temos o privilégio de esse fruto ser facilmente encontrado por todo o Brasil, em todas as épocas do ano e nas suas diversas variedades. Existem cerca de 70 variedades de limão em todo o mundo apesar de apresentarem mesma essência e sabores semelhantes, se diferenciando apenas por aspectos externos.
Selecionamos algumas variedades mais comuns que possuem entre 5 a 7% de ácido cítrico em seu suco fresco e que podem ser consumidas ou usadas no preparo de alimentos e produtos terapêuticos:
Lima Ácida ou Limão Tahiti: trata-se de um híbrido da Lima da Pérsia com o Limão Cravo resultado de enxertia, motivo pelo qual não possui sementes e não é classificado como limão por unanimidade. Ele é arredondado, sua casca é verde e costuma ser lisa ou levemente rugosa e sua polpa é suculenta e esbranquiçada.
Os frutos são graúdos, pois necessitam de muito sol e umidade para se desenvolver e, portanto se adaptam facilmente ao clima tro
pical, dispensando o uso de agrotóxicos no seu cultivo.
Possui alto valor comercial e potencial de exportação, principalmente devido à ausência de sementes, cor e aroma exóticos e à sua capacidade de produzir o ano inteiro.
Limão Siciliano: trata-se do limão original. É bastante consumido na Europa uma vez que seu cultivo é mais abundante em regiões de climas mais frios ou subtropicais e mais difíceis de ser encontrado em áreas de clima tropical, o que faz dele um produto mais caro e com mais agrotóxicos nessas regiões.
É menos suculento que os outros tipos de limão, possui uma casca grossa, amarelada e ligeiramente rugosa e é mais alongado com duas pontinhas salientes.
É indicado para a fabricação do óleo essencial (OE) de limão, de pectina e de farinha por conta da sua casca abundante.
Limão Galego: Um fruto pequeno, porém muito suculento. Possui uma casca bem fina e lisa, verde ou amarela-clara, uma polpa com cerca de cinco sementes e bastante suco.
É bastante abundante nas regiões nordeste e centro-oeste do Brasil durante o ano todo. Era muito consumido antes mas acabou sendo substituído pelo graúdo limão tahiti.
Limão Cravo: trata-se de uma variedade bem rústica, motivo pelo qual é conhecido de diferentes formas em cada região: limão rosa, limão capeta, limão vinagre, entre outros. Disseminado pelos passarinhos é comum de ser encontrado no campo e quintais do interior brasileiro, porém difícil de ser encontrado nas grandes cidades. Apresenta semelhanças com uma tangerina, pois tem a casca e polpa na cor laranja-avermelhado. E uma casca levemente solta da polpa. Tem sabor e aroma bem característicos, abundante em sementes e suco ácido, por ser a variedade com menor teor de frutose.
No Brasil, tem sido usado com sucesso como porte para o enxerto do limão Tahiti e há estudos sobre o óleo essencial extraído da casca deste limão já que este possui inúmeras propriedades terapêuticas.
Observação: É importante que o fruto esteja maduro, e tenha sido colhido na região onde a pessoa vive, uma vez que as variedades importadas são mais caras e costumam conter quantidades elevadas de aditivos químicos. A planta colhida na sua região é sempre a mais terapêutica de todas.