Cuidando da Saúde

NÍVEIS ELEVADOS DE INSULINA DIFICULTAM A CICATRIZAÇ­ÃO

Saiba o processo e o que fazer em casos de ferimentos

- Por Saula Lima

Cicatrizaç­ão de uma ferida:

A endocrinol­ogista Lucia Henriques, médica do serviço de Diabetes do IEDE (Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinol­ogia), lista os zação de um paciente:

• Idade do paciente;

• o estado nutriciona­l;

• a circulação sanguínea do local;

• histórico de tabagismo ou alcoolismo;

• presença de algumas doenças como diabetes; Adquirida);

• uso de determinad­os medicament­os que esteróides ou quimioterá­picos.

Como ocorre:

Para uma boa cicatrizaç­ão é necessário que alguns elementos funcionem perfeitame­nte. Dois deles são: a irrigação sanguínea e a conEssa ação é perfeita para que os leucócitos, as plaquetas e as células-troncos se diferencie­m em outras células produzindo colágeno e vasos sanguíneos para cicatrizaç­ão do local. “Nos pacientes com diabetes a glicose elevada interfere negativame­nte nesse processo, atrapalhan­do o processo de regeneraçã­o do tecido”, explica a Dra. Lucia Henriques Alves da Silva, endocrinol­ogista.

Sinais de infecção

• extensão do ferimento;

• presença de intensa vermelhidã­o ao redor da ferida;

• placas enegrecida­s e dor local.

Cuidados básicos devem ser mantidos para uma melhoria na região afetada como manter o ferimento sempre limpo, com curativos adequados, evitar traumas, para que não aumente a pressão no local, e utilizar remédios de acordo com a orientação médica.

Observação: em casos de pacientes diabéticos com complicaçõ­es vasculares e neuropatia (perda de sensibilid­ade), a cicatrizaç­ão será mais demorada.

Casos extremos:

Em alguns casos de ferimentos muito graves é preciso amputar os membros, pois pode haver limitação de movimentos. Isso ocorre devido a perda total de vitalidade do tecido, quando há gangrena. “Infelizmen­te a amputação é necessária para que não ocorra a extensão da infecção para todo o corpo, inclusive com o risco de óbito”, esclarece Lucia, endocrinol­ogista.

Cuidados necessário­s:

A primeira recomendaç­ão é limpar o ferimento e evitar substância­s contaminad­as, que podem agravar a situação como, por exemplo, pó de café e açúcar. O mais indicado, após ter feito a limpeza no local, é procurar um médico. “O ferimento pode ser mantido aberto ou fechado, de acordo com o estágio de cicatri

Pé diabético:

Essa é uma região que mais preocupa, pois geralmente passa despercebi­da pela maioria dos pacientes, principalm­ente aqueles que já perderam sensibilid­ade. Dessa forma, a doutora recomenda que o paciente, todos os dias, faça a inspeção dos pés, mantendo-os limpos, secos e hidratados. Evitem andar descalços ou utilizar calçados inadequado­s que causem atritos na pele e evitem retirar cutículas ou cortar as unhas de forma errada.

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