SONIC THE HEDGEHOG
A TRAJETÓRIA DO FAMOSO OURIÇO DA SEGA. E AINDA 26 CURIOSIDADES DO HERÓI MAIS RÁPIDO DOS GAMES
Ser mascote é uma missão difícil e para poucos. Há uma constante cobrança e grandes expectativas. Ser um mascote no anos 1990 era ainda mais complicado, pois a competição era massiva. Toda empresa de games queria ter o seu, mas poucos perduraram. Sonic, o ouriço da Sega, pode ser considerado um sobrevivente, pois teve tantos percalços e ainda continua na ativa.
Sua primeira aparição aconteceu no Sega Mega Drive em 1991 e foi um estouro. Foi a partir daí que a empresa começou a disputar o primeiro lugar nos Estados Unidos com a Nintendo. Sua velocidade e jeito mais cool era o que chamava a atenção dos jogadores, iniciando a “Era da atitude”, em que ser radical era mais importante do que ser bonzinho. Em seguida vieram Sonic 2, Sonic 3 e Sonic & Knuckles, além de Sonic Spinball, um spin-off diferentão estrelado pelo mascote. Ali estava consolidada sua importância e popularidade no meio gamer.
A criação de Yuji Naka e Naoto Ohshima trouxe alguns dos comerciais de televisão mais icônicos já vistos na indústria de videogames. Durante o seu auge, Sonic apareceu como brinquedos em redes de restaurantes como o Burger King, ganhou desenhos, jogos de tabuleiro, minigames, e tudo o que podemos sonhar. Ele chegou no Brasil pela parceria da Sega com a TecToy, trazendo aos gamers belos títulos desde o Master System ao Game Gear com exclusivos como Sonic Triple Trouble e o curioso Sonic Drift.
Com as mudanças de gerações de consoles, o ouriço fez a sua transição ção para o mundo 3D com títulos diferenciados como Sonic R de Sega ga Saturn (um jogo de corrida difícil de controlar) e Sonic Fighters nos fliperamas. Dá para dizer que nessa ssa época estava ocorrendo uma certa ta crise de identidade com o personagem, agem, pois os jogos lançados não conseguiam uiam obter o mesmo sucesso das versões es 8 e 16-bit. Foi com Sonic Adventure re do Dreamcast (1998) que tivemos a sensação de sucesso 3D. Uma aventura divertida com uma trilha ha sonora formidável (marca da série) e) era tudo o que os jogadores queriam. am. Sua sequência de 2001 melhorou ainda mais a qualidade, sendo até é hoje, aplaudido na indústria.
QUEDA E RECONQUISTA
Porém, entre 2000 e 2010, Sonic passou por muitos apertos. Títulos como Sonic the Hedgehog (2006), Sonic Unleashed (2008), Sonic and the Black Knight (2009) e Sonic 4 (2010) conseguiram jogar a popularidade e a qualidade do personagem ladeira a baixo. Sonic Colors (2010) é uma das poucas pérolas dessa época, anos em que fãs e mídia se distanciaram bastante do mascote da Sega. Houveram até mesmo tentativas de expansão com jogos para celulares como Sonic Jump, RPGs como Sonic Chronicles, e outros spin-offs como jogos de tênis e esportes olímpicos.
Em sua fase seguinte veio uma consolidação e aceitação maior das características únicas do personagem na modernidade. Sonic Generations (2011) usou o que foi aprendido em Colors e mesclou bem o 2D e o 3D, Sonic Lost World (2013) trouxe uma parceria interessante entre antigas rivais, Sonic Forces (2017) ofereceu um maior foco em narrativa. Mas foi no dia 15 de agosto de 2017 que a maré melhorou muito mais, pois foi neste dia que Sonic Mania foi lançado. O game conseguiu oferecer tudo o que os fãs apaixonados queriam, desde uma jogabilidade perfeita até novos personagens e fases dignas da era de ouro no Mega Drive. A máxima “feito de fã para fã” nunca foi tão verdadeira. A partir daí a popularidade do ouriço retornou com tudo, trazendo até um longa-metragem de sucesso que já engatilhou a produção de uma sequência. No fim das contas, mesmo tendo experimentado muito e sofrido com altos e baixos, Sonic parece ter encontrado seu carisma novamente, e sabemos que ele não tem intenção de diminuir a velocidade tão cedo.
Criação de Yuji Naka, Sonic é um personagem que esbanja carisma. Sua carreia começou nos consoles da Sega e passou pela TV, cinema e por quase todos videogames pós-Dreamcast