China x Estados Unidos: como o mercado de etanol sai fortalecido?
Em março, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas sobre até US$ 60 bilhões em produtos importados da China. A resposta chinesa não tardou. Em abril, os chineses anunciaram retaliações contra mais de 100 produtos americanos importados pelo país asiático.
O embate comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo fez com que o presidente americano tomasse uma medida inesperada. Ele anunciou que vai permitir o uso da mistura de 15% de etanol na gasolina, mais conhecido como E15. Isto pode ser compreendido como mais um capítulo da batalha comercial entre os dois países, pois Trump contou com apoio do forte “Grain Belt” para sua eleição e era preciso dar uma resposta a esse setor, que havia sido prejudicado com as retaliações impostas pela China.
A permissão para a venda do E15 abre um mercado potencial de aproximadamente 27 bilhões de litros de etanol, que equivale ao total vendido pelas usinas brasileiras para o mercado combustível ao longo da safra passada. Sendo assim, a medida de Trump busca trazer uma solução para o embate geopolítico e também faz com que o presidente melhore seu relacionamento com o setor agrícola e de biocombustíveis.