Dinheiro Rural

RISCO

MESMO COM RECURSOS OFICIAIS EM BAIXA, AINDA Há QUEM ACREDITE QUE é POSSÍVEL DINAMIZAR O SEGURO RURAL

- FáBIO MOITINHO

Seguro rural ainda é a saída para o produtor apesar da queda dos subsídios do governo

Há quatro anos, o seguro rural atingiu a sua maior magnitude, desde que foi criado em 2006. O governo federal subsidiou R$ 689,1 milhões pelo Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR), de uma conta total de R$ 1,2 bilhão dividida com as seguradora­s. Para a safra 2018/2019, o cenário é bem diferente. Dos R$ 600 milhões do PSR, anunciados em julho, o governo já propõe baixar para R$ 450 milhões. A síndrome foi a mesma no ciclo 2017/2018, quando foram anunciados R$ 550 bilhões e só R$ 371,4 milhões vingaram. Mas mesmo com o tempo fechado em trovoadas, há quem aposte no programa. “As operações mais maduras, como a americana e a espanhola, já possuem mais de 40 anos de experiênci­a”, diz Paulo Hora, diretor do segmento rural do grupo segurador Banco do Brasil e Mapfre (BB e Mapfre). “No Brasil estamos no 13º ano de experiênci­a.” Os americanos têm US$ 6 bilhões de subsídios e os espanhóis, US$ 460 milhões.

O BB e Mapfre é hoje um dos maiores operadores do seguro rural no País e para o executivo houve ganhos significat­ivos ao longo de mais de uma década do PSR. A exemplo da abertura de algumas linhas específica­s de seguros, como a de cobertura de faturament­o. “Era uma demanda antiga do setor”, diz Hora. “Está disponível para a soja desde 2011 e desde 2014 para o milho e o café”. Na modalidade foram emitidos R$ 28,8 milhões em prêmios pelo BB e Mapfre no ano passado, 15,3% do total de prêmios de seguro rural da empresa. Somando todas as operações de seguro, a BB e Mapfre fechou 2017 com R$ 15,9 bilhões. “Nossa expectativ­a para a safra 2018/2019 é de que o mercado continue crescendo e amadurecen­do, com a oferta de produtos cada vez melhores”, diz Hora.

Mas a empresa também engrossa o coro do setor por mais recursos, que é o que sustenta o desenvolvi­mento do seguro rural. A Confederaç­ão da Agricultur­a e Pecuária do Brasil (CNA) pede ao governo o valor de

R$ 1,2 bilhão ao PSR. Para Pedro Loyola, presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, é preciso que o atual valor cresça para atender ao produtor. “O seguro rural tem um custo muito alto”, diz Loyola. “Porque temos a questão do clima, da região e do solo, com risco maior e passível de catástrofe­s, mais do outros segmentos.”

Nossa expectativ­a para a safra 2018/2019 é de que o mercado continue Nonono Nononono, crescendo ABorperat. Lam e ing amadurecen­do, eu faci f bfgnjb rge com a oferta de produtos cada vez melhores”

Paulo Hora, diretor do segmento Rural do BB e Mapfre

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PERDAS: o seguro rural pode amenizar os riscos climáticos da atividade no campo

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