Uma aliança de proteção
As indústrias de saúde e de nutrição animal, além de entidades do setor, criaram a Aliança da Proteína Animal. A ideia é desenvolver ações visando o uso adequado de antibióticos, em linha com o Plano de Ação Nacional para a Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos (PAN-BR Agro), do Mapa. A engenheira ambiental Sheila Guebara é a coordenadora da nova entidade.
Por que o tema precisa de uma ação conjunta do setor?
Há cerca de um ano, diversas entidades foram convidadas pelo Mapa para discutir o PAN-BR. Com a criação dessa aliança podemos trabalhar de forma coordenada para garantir o alinhamento da cadeia produtiva de proteína animal.
Quais os pontos principais dessa ação?
Há seis princípios básicos: proteger a saúde e o bem-estar animal em linha com a humana; promover o uso racional e responsável de antibióticos; incentivar o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias; promover a prevenção de doenças e o maior acesso a medicamentos, tecnologias e conhecimento; e aumentar a transparência e melhorar a comunicação, especialmente com o consumidor final.
Quais as ações já previstas?
A prioridade é o lançar o Sistema de Coleta de Informações de Antimicrobianos (SCIA), criado pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). O objetivo é ter um banco de dados nacional, com informações completas sobre o uso de antimicrobianos, nos mesmos moldes de países como Dinamarca, Holanda e Estados Unidos. Outra ação é a estruturação de um programa de logística reversa de embalagens de medicamentos veterinários.
O movimento dispõe de recursos?
As ações têm sido custeadas pelas instituições parceiras. Nos próximos meses deve ser definido o modelo de governança e discutidas as diretrizes de gestão financeira da entidade.