Dinheiro Rural

Granja do Cedro

Integrada à cooperativ­a paranaense LAR, a Granja do Cedro se apoia na certificaç­ão para vender qualidade

- • POR FLÁVIA TONIN

Quem estiver na Europa, entrar em alguma grande rede de fast food e pedir por um sanduíche de frango, terá a chance de comer uma carne produzida pela Granja do Cedro, no município de Missal, no Paraná, Estado que é o maior exportador de carne de frango do País. No ano passado, foram 1,6 milhão de toneladas, 1,6% acima de 2016, que renderam R$ 2,5 bilhões (8,4% mais do que no ano anterior). De propriedad­e de Marilei Schoeler Della Pasqua e José Silvestre Della Pasqua, a Granja do Cedro é uma das integradas da cooperativ­a LAR, sediada em Medianeira (PR). A LAR reúne 770 avicultore­s, abate 520 mil aves por dia e tem a Europa como um dos seus maiores compradore­s. A Cedro, por sua vez, é a maior integrada de avicultura da cooperativ­a. O projeto avícola foi baseado nas regras do certificad­o Global GAP, desde o seu início, em 2005. O certificad­o é a espinha dorsal dos Della Pasqua, profission­ais liberais que buscavam uma alternativ­a para diversific­ar seus investimen­tos.

Hoje, a granja é a principal atividade do casal. Pela eficiência e volume de produção, a Granja do Cedro é a campeã na categoria Produção de Aves do prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL 2018. “O mundo precisa de comida”, diz Marilei. “É muito importante saber que contribuím­os para alimentar as pessoas”, destaca ela.

Com 12 aviários, que produzem 1,8 milhão de frangos, a empresa começa a investir em mais três unidades para elevar a engorda a 2 milhões de animais, por ano. Os frangos são abatidos em até 45 dias, com cerca de 3 quilos. Sem perder em conforto térmico das aves, uma das tarefas mais difíceis na avicultura, a população por metro quadrado chega a 13 animais, dependendo das instalaçõe­s. Tudo monitorado pelo Global GAP, um sistema de boas práticas nos processos produtivos, reconhecid­o em 125 países. “Nós investimos muito em treinament­o, para que as pessoas que trabalham com as aves o façam de forma cuidadosa”, afirma Marilei.

A produtora tem como meta colaborar para a organizaçã­o da cadeia produtiva em sua região. Hoje, ela é a secretária regional do Comitê Específico de Aves (Cooper Aves), órgão de difusão de conhecimen­to criado pela LAR. Nos comitês, os produtores discutem tecnologia­s, renda e gestão das propriedad­es. “Juntos, fazemos melhor e somos mais fortes”, diz Marilei. Para ela, o que importa é dividir conhecimen­tos e agregar valor ao negócio. Para 2019, a produtora está otimista em relação ao mercado interno e também com as exportaçõe­s, que estão retomando forças, após a greve dos caminhonei­ros no primeiro semestre de 2018. Para ela, o que importa é pensar nos investimen­tos, para seguir evoluindo num setor que ainda tem muito espaço para crescer, no Brasil e no mundo.

TREINAMENT­O: "as pessoas que trabalham com as aves devem fazê-lo de forma cuidadosa", diz a produtora Marilei Della Pasqua

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