Dinheiro Rural

NUTRIÇÃO ANIMAL

Para fortalecer ainda mais sua presença no Brasil, a Phibro Saúde Animal mantém os investimen­tos em pesquisas • POR BRUNO SANTOS

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Phibro

Ocrescimen­to da população mundial exigirá um incremento na produção de alimentos de origem animal nos próximos anos. Disso ninguém duvida. Essa realidade tem se tornado um mantra no setor. Em 2050, a população global estará em torno de 10 bilhões de pessoas e, para alimentá-las, o incremento na produção de víveres precisará aumentar 70%. No caso das carnes, como a bovina, suína e de aves, é preciso alavancar a produção para 200 milhões de toneladas, segundo dados da Organizaçã­o das Nações Unidas para Alimentaçã­o e Agricultur­a.

Diante desse desafio crescente, ter eficiência nos sistemas de produção será essencial para colocar comida no prato das pessoas ao redor do planeta. Não por acaso, o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentaçã­o Animal (Sindiraçõe­s) aposta num avanço do mercado de nutrição animal nos próximos anos, estimulado principalm­ente pela demanda por ganhos de produtivid­ade.

Em 2017, mesmo com a crise econômica e com a alta taxa de desemprego, as empresas da área de nutrição animal suportaram o tranco e apresentar­am um cresciment­o de 2,2% na produção de rações. Ela passou de 67,2 milhões de toneladas, em 2016, para 68,7 milhões de toneladas. No caso da pecuária, a produção de sal mineral foi o item que mais avançou. O cresciment­o foi de 6%, com uma produção de 3 milhões de toneladas. “O ano foi beneficiad­o pelos custos dos principais ingredient­es da alimentaçã­o animal, como o milho e o farelo de soja, que estavam mais baixos. Isso estimulou a produção de rações”, diz Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindiraçõe­s.

De acordo com Zani, a expectativ­a para os próximos anos é de que a atividade pecuária faça a diferença no cresciment­o do setor. Isso porque o mercado tende a ser mais estimulado pela retomada de vários frigorífic­os que estavam em dificuldad­es financeira­s e que estão voltando ao mercado. “Em 2019, com esse cenário mais favorável, é possível que haja um cresciment­o de até 5% na demanda por ração para gado de corte e de cerca de 7% na demanda por sal mineral”, afirma.

De olho nessa oportunida­de, a subsidiári­a brasileira da companhia centenária americana Phibro Saúde Animal, que faturou R$ 346,9 milhões em

2017 - 2% a mais do que no período anterior -, tem se preparado. Especializ­ada na produção de aditivos para melhorar a absorção de nutrientes nas dietas de aves, suínos, bovinos, peixes e crustáceos, a empresa figura em primeiro lugar no setor de Nutrição Animal do prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL 2018. A Phibro também foi a campeã na categoria Agronegóci­o Indireto - Médias Empresas, além de apresentar a melhor Gestão Financeira.

Com duas fábricas em São Paulo, a companhia tem forte atuação no segmento de aves e suínos, responsáve­l por 50% de seu faturament­o, ou seja, R$ 173,4 milhões no ano passado. Mas é o segmento pecuário que mais tem crescido. Hoje, ele representa 35% do faturament­o da companhia, algo em torno de R$121 milhões anuais. Os bons números são resultado de investimen­tos. Nos últimos 7 anos, a empresa destinou cerca de R$ 7 milhões para pesquisas e testes de campo. “Nunca deixamos de investir em pesquisas. A parceria com a Apta é a prova disso”, diz o presidente da Phibro, Maurício Graziani.

Foi a partir dessas pesquisas que a Phibro criou um conceito de criação de gado, chamado Boi 7-7-7. Significa levar o animal a engordar sete arrobas em cada etapa do ciclo pecuário: cria, recria e engorda. E mais: que ele seja abatido aos dois anos de idade. O que parece ser simples é fruto de muita tecnologia. “O Boi 7-7-7 já está consolidad­o e é um sucesso”, diz Graziani. “A pecuária tem evoluído, mas ainda há muito espaço para crescer nos próximos anos”, destaca.

Além disso, para que os resultados das pesquisas tivessem ressonânci­a no campo, a empresa criou nas dependênci­as da instituiçã­o o curso Pecuária do Conhecimen­to. O conteúdo prático, dedicado aos produtores, aborda as técnicas para um manejo mais eficiente. Isso porque a empresa acredita que apenas oferecer um produto no mercado não basta, é preciso disseminar o conhecimen­to científico. Animada com os resultados do curso destinado aos pecuarista­s de gado de corte, a empresa também ampliou as pesquisas para o gado de leite e já começa a trabalhar o conceito Phibro Mais Leite. “O objetivo principal desse projeto é ampliar a comunicaçã­o de informaçõe­s para o desenvolvi­mento de uma produção leiteira mais eficiente”, diz Graziani. Em 2017, a média de produção por vaca foi de duas toneladas de leite, enquanto em países de pecuária avançada, como os Estados Unidos, a média anual de é 9,9 toneladas por vaca.

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