Civis não poderão ter fuzil de assalto em casa
A alegria do “cidadão de bem” durou pouco. O decreto que flexibiliza o porte de armas de fogo, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro em 7 de maio, possibilitaria, a princípio, levar para casa um fuzil de assalto T4 semiautomático fabricado pela brasileira Taurus. A lei aumenta a potência cinética das armas permitidas no País de 407 jaules (o equivalente a uma pistola calibre 38) para 1.620. O fuzil da Taurus tem 1.320 jaules, embora a empresa advertisse que apenas a versão “tiro-a-tiro” estaria disponível para civis, mantendo a opção “rajada” só para militares. Na quarta 22, no entanto, o próprio governo limitou o peso das armas permitidas, impedindo a venda para civis de fuzis, carabinas e espingardas. Mesmo com essa revisão, o decreto tem muitos obstáculos pela frente. O Ministério Público Federal já pediu a suspensão da lei, que também enfrenta várias ações na Justiça Federal e no Supremo Tribunal Federal. Na terça 21, quatorze governadores publicaram uma carta aberta contra o decreto, argumentando que ele fortalece organizações criminosas. No mesmo dia, as ações da Taurus subiram 6%. No dia seguinte, no entanto, caíram 3%.