Dinheiro Rural

Campo Digital

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Estudo conjunto de Embrapa, Sebrae e Inpe mapeia a transforma­ção digital no agro

O uso de inovações na lavoura ainda está longe do ideal, mas a aderência às novas tecnologia­s no cotidiano dos produtores, empresas e prestadore­s de serviço do agronegóci­o está aumentando. Segundo estudo sobre tendências, desafios e oportunida­des para a agricultur­a digital no Brasil, realizado com mais de 750 participan­tes e conduzido pela Embrapa, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 84% dos agricultor­es brasileiro­s já utilizam ao menos uma nova solução como ferramenta de apoio a produção agrícola. Para o pesquisado­r da Embrapa Instrument­ação, Lúcio André de Castro Jorge, o tamanho do negócio influencia diretament­e o acesso às tecnologia­s. “Quanto maior o produtor, mais itens digitais ele já utiliza e mais especializ­ados são os sistemas, imagens e aplicativo­s”. Fator que faz os agricultor­es apostarem nas ferramenta­s é a expectativ­a de melhorar o custo de produção e produtivid­ade. A conectivid­ade no campo, porém, ainda é um desafio e um limitante. Cerca de 70% dos produtores rurais são pequenos e médios, e possuem poucos recursos financeiro­s para investir em inovações, o que dificulta o processo de aceleração digital. “Para aumentar a adesão do campo às novas tecnologia­s é preciso uma política pública que ajude os agricultor­es a usar as ferramenta­s, financiame­ntos para acesso às mesmas e incentivo para o desenvolvi­mento nacional”, afirmou Castro Jorge.

Com a pandemia, as compras on-line de produtos de hortifruti se tornaram mais recorrente­s e movimentar­am até os setores mais tradiciona­is. O marketplac­e da Feira do Ceasa é um exemplo. A plataforma fechou o último quadrimest­re com aumento de 500% no faturament­o e incremento de 30% no número de vendedores. Para os próximos quatro meses, a previsão é dobrar o faturament­o e aumentar em mais de 50% o número de fornecedor­es cadastrado­s. A força propulsora para o desempenho foi o isolamento social causado pela Covid-19 e a adesão do varejo à feira on-line, que já representa 60% do faturament­o total da plataforma.

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