Porteira Aberta
Agronegócio cria mais de 100 mil vagas nos dez primeiros meses de 2020, e só perde no ranking para a construção civil
Além de ser o único setor que cresceu por trimestres consecutivos na conta do Produto Interno Bruto (PIB), o agronegócio também ajudou o País na geração de empregos. Nos dez primeiros meses de 2020, foram registradas 102,9 mil novas vagas com carteira assinada, atrás apenas de construção civil (138,4 mil), segundo o Ministério da Economia. As atividades com maior número de abertura de vagas foram o cultivo de soja (16,2 mil), seguido de atividades de apoio à agricultura (15,3 mil); cana-de-açúcar (14,6 mil); criação de gado (11,1 mil); cultivo de frutas de lavoura permanente (8,5 mil); café (7,4 mil); e plantas de lavoura temporária (6,5 mil). O estado que mais abriu postos de trabalho foi São Paulo, somando 62,5 mil vagas. Em segundo, Bahia; seguido por Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná. Ironicamente, foi o rápido avanço nas taxas de contaminação da Covid-19 que impulsionou as contratações: diante da pandemia, produtores e executivos da agroindústria se prepararam e contrataram trabalhadores reservas. Com o contingente extra separado por turnos, foi possível manter a segurança alimentar, a produtividade e a qualidade dos produtos. “Nós não podemos perder tempo quando se trata de agropecuária. Temos um momento exato para fazer colheita e para a ordenha. Há todo um sistema produtivo que precisa funcionar”, disse Bruno Lucchi, superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). As safras recordes e o aumento da produção de proteína animal também colaboraram para o saldo positivo.