Campo Digital
Ainda predominante nas áreas urbanas, o acesso à conectividade está crescendo no campo, mas ainda longe de atender às necessidades dos produtores
Ainda predominante nas áreas urbanas, o acesso à conectividade está crescendo no campo, mas, ainda longe de atender às necessidades dos produtores. Nos 24 países da América Latina e Caribe, 71% da população urbana está conectada, contra menos de 37% da comunidade rural. Os dados fazem parte do estudo “Conectividade Rural na América Latina e no Caribe – uma ponte para o desenvolvimento sustentável em tempos de pandemia”, realizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Microsoft. Já o Brasil foi incluído no grupo de alta conectividade rural junto a Bahamas, Barbados, Chile, Colômbia, Costa Rica e Panamá, que representam 37% da população não urbana da amostra. Nos países citados, uma parcela que flutua entre 53% e 63% das cerca de 43 milhões de pessoas do campo não acessam serviços significativos de conectividade. As defasagens mais relevantes se devem à baixa frequência da internet, seguida pela falta de disponibilidade de banda larga. Alternativas para driblar o problema passam pelo uso de equipamentos individualizados e pelo acesso a tecnologias 4G, com níveis médios de aderência em populações rurais de 71% e 37%, respectivamente. “A conectividade nos territórios rurais brasileiros está crescendo nos últimos tempos, mas é preciso investir em infraestrutura e ter mais incentivos voltados à aceleração da inclusão. A chegada da Covid-19 reforçou essa necessidade”, disse Sandra Ziegler, pesquisadora do IICA que liderou o estudo. Com o aumento da inclusão digital no campo, o produtor poderá usufruir melhor de informações e serviços que aumentam sua produtividade e, consequentemente, sua renda.