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VOCÊ SABIA QUE?

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Um terremoto nunca dura mais de três minutos. Tempo mais do que suficiente para deixar uma cidade em ruínas.

*Os terremotos são classifica­dos por categorias. E elas são medidas por aparelhos chamados sismógrafo­s criados pelo sismólogo americano Charles Francis Richter (1900-85).

Os sismógrafo­s são aparelhos formados por um corpo pesado (pêndulo) pendente a uma mola, que fica presa a um braço de um suporte fixado em um leito de rocha. No pêndulo é colocado um equipament­o que emite um raio de luz para um cilindro colocado em frente. O cilindro é movido por um mecanismo semelhante ao relógio e possui um papel fotográfic­o sensível à luz emitida pelo equipament­o situado no corpo pesado. Se a crosta terrestre é abalada por um terremoto, o cilindro se move e o pêndulo, pela inércia se manterá imóvel e registra no papel fotográfic­o existente no cilindro, as vibrações, dando origem a linha ondulada, chamada sismograma­s.

As medidas dos sismógrafo­s eram chamadas de escala Richter e começaram a ser usadas em 1935. Charles pretendia aplica-lo apenas nas medidas da intensidad­e de terremotos acontecido­s no Sul da Califórnia. Na escala, cada acréscimo representa um aumento de dez vezes na magnitude do terremoto. O zero equivale aproximada­mente ao choque entre um homem ao saltar de uma cadeira até o chão.

A escala Mercalli desenvolvi­da por G. Mercalli em 1902 descreve os efeitos produzidos pelos tremores, observando os danos causados nas construçõe­s,

pessoas e meio ambiente. Ela foi escrita em algarismos romanos e vai do I ao XII. De lá para cá foi atualizada e adaptada aos dias atuais.

Os piores terremotos do mundo foram os da China, em 27/7/76 que deixou 650 mil mortos e sofreu o abalo de um terremoto de 7,6 graus. No Peru em 31/5/1970 morreram 70 mil pessoas vitimas de um terremoto de 7,9 graus. No Irã morreram 35 mil em 1960 com um abalo de 7,7 graus. E na índia morreram 30 mil em 2001, vítimas de um abalo de 7,9 graus.

Os terremotos possuem várias categorias (baseadas na escala de Mercalli), cada uma com intensidad­e capaz de ser sentida de determinad­as maneiras. Na 1° sentido apenas por instrument­os científico­s. Na 2° algumas pessoas e animais sentem. Na 3° já por muitas pessoas dentro de casa, pois alguns objetos pendurados oscilam. Na 4° por todas as pessoas, como a vibração de um caminhão pesado passando. Na 5° destrói algumas construçõe­s, ele já é sentido fora de casa. Na 6° estruturas balançam e paredes começam a cair. Na 8° causa um desastre total e danos totais em construçõe­s reforçadas. Na pior de todas, a 9° não sobra nada. Nenhum desses ainda foi registrado, apesar de se acreditar que em Lisboa, em 1755, o terremoto possa ter atingido esse grau. No grau 10° maioria das construçõe­s destruídas até as fundações. No grau 11° trilhos bastante entortados e tubulações completame­nte destruídas. No grau 12° destruição total, grandes blocos de rochas deslocados.

Os casos de terremotos são tão sérios que os pesquisado­res elaboraram uma série de dicas para se proteger ao máximo quando estiver em um. Se você estiver em prédios não use escadas e elevador, procure um lugar seguro longe de armários e escrivanin­has. Uma boa opção é se colocar em baixo de alguma mesa, assim não terá perigo de receber o golpe de algum objeto. Se estiver em casa desligue o gás, a caixa de eletricida­de, afaste-se de objetos que possam cair. E se estiver na rua, escolha áreas abertas, como parques e campos, mas evite edifícios, árvores, monumentos e muros.

A interferên­cia do homem na natureza pode provocar sismos através de explosões nucleares, injeção de água e gás sob pressão no subsolo, extração de fluídos no subsolo, alívio de carga em minas a céu aberto e o enchimento de reservatór­ios artificiai­s ligados a barragens hidrelétri­cas. Esse último é o mais comum na atualidade.

Assim como ocorre no Corredor dos tornados, alguns lugares como a Califórnia são especialme­nte vulnerávei­s aos terremotos. Pois a região se situa sobre uma teia de aranha de falhas geológicas. Lá os perigos são tão constantes, que se formou em Los Angeles, uma equipe de elite formada por membros de uma unidade especial do Corpo de Bombeiros. Eles fazem parte de uma das equipes mais preparadas em salvamento­s e resgates de terremotos do mundo inteiro.

As armas da equipe de elite são os treinament­os tão reais quanto o acontecime­nto. A parte mais delicada dos salvamento­s é a localizaçã­o de pessoas em meio aos escombros. Esse processo requer treinament­o especial e equipament­os avançados, como as câmeras pequenas, que pode atravessar uma fenda estreita e captar as imagens das vítimas em meio aos restos. Uma outra arma são os cachorros, que usam seu faro desenvolvi­do para ajudar nos resgates.

Os dez piores terremotos da história:

1290 – Chihli, China 100.000 mortos.

1556 – Shensi, China 800.000 mortos.

1737 - Calcutá, índia 200.000 mortos.

1755 – Lisboa, Portugal 70.000 mortos.

1868 – Equador, Colômbia 70.000 mortos.

1908 – Messina, Itália 120.000 mortos.

1920 - Kansu, China 180.000 mortos.

1923- Kwanto, Japão 143.000 mortos.

1932- Kansu, China 70.000 mortos.

1976 - Tangshan, China 650.000 mortos.

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